Guarda: Diocese avança para constituição de fundo social solidário

D. Manuel Felício alerta para «falta de meios» e pede contributo material mas também «moral e espiritual» dos fiéis

Guarda, 22 fev 2012 (Ecclesia) – A diocese da Guarda vai utilizar os donativos recolhidos durante a Quaresma para a implementação de um fundo diocesano de solidariedade que corresponda aos apelos dos mais desfavorecidos, revelou o bispo local.

Em mensagem pastoral enviada à Agência ECCLESIA, no âmbito do tempo litúrgico que hoje se inicia, D. Manuel Felício avisa que “já há falta de meios para atender às necessidades” e que “a evolução dos acontecimentos faz prever que as dificuldades vão aumentar”.

O prelado recorda que uma das “urgências” que a Quaresma apresenta a todos os cristãos “é a de dar a devida atenção” ao próximo, “criando condições para que cada um possa realizar as suas capacidades, no processo de construção da sociedade em que todos têm o direito e o dever de participar”.

Um objetivo que, segundo o bispo egitaniense, pode ser concretizado de diversas “formas”, como a resposta generosa “ao apelo da renúncia quaresmal”, que será destinado à “constituição e fortalecimento” de uma valência económica que é cada vez mais necessária, na região.

“São muitos os casos de pessoas que nos estão a bater à porta, pedindo ajuda material, porque lhes faltam os meios elementares de subsistência”, realça D. Manuel Felício, desafiando os cristãos a um contributo material mas também “moral e espiritual”.

“Estimular as pessoas a fazerem o bem é cumprir um imperativo evangélico, mas também assumir com determinação uma responsabilidade social”, aponta.

Para aquele responsável, a sociedade precisa de pessoas que tenham “a coragem de recusar mentalidades e comportamentos, que, reduzindo a vida humana à sua dimensão material, aceitam qualquer opção moral em nome da liberdade individual”.

“A autêntica vida comunitária é feita por pessoas que se estimam mutuamente, mas também se ajudam e cooperam entre si”, sustenta.

A Quaresma é um período de 40 dias, excetuando os domingos, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa (celebrada este ano a 8 de abril), a principal festa do calendário cristão.

JCP

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Agência ECCLESIA

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