Luís Miguel Campos Mendes foi condenado hoje a 10 anos de prisão por abuso sexual de menores
Guarda, 02 dez 2013 (Ecclesia) – A Diocese da Guarda afirmou em comunicado que a defesa do padre Luís Miguel Campos Mendes, condenado hoje a 10 anos de prisão por crimes de abuso sexual de menores, vai usar o “direito de recurso”.
“O teor do acórdão tornado público esta tarde, segundo o parecer da assessoria jurídica do referido sacerdote, não pode ser aceite como definitivo, pelo que vai ser usado o direito de recurso para tribunal de instância superior”, refere a Diocese da Guarda em comunicado publicado na página da internet da diocese.
O Tribunal do Fundão condenou hoje a 10 anos de prisão o padre Luís Miguel Campos Mendes, antigo vice-reitor do Seminário do Fundão, que estava acusado de 19 crimes de abuso sexual de menores, refere a agência Lusa.
O comunicado da Diocese de Guarda afirma que o sacerdote e a sua assessoria jurídica ficam a “aguardar”, mantendo-se “a medida de coação anteriormente aplicada”.
“Entretanto, continuamos esperançados em que a verdade seja devidamente esclarecida e que a sentença final tenha na devida conta a objetividade das provas efetivamente apresentadas pela defesa”, conclui o comunicado divulgado hoje ao início da noite.
De acordo com a agência Lusa, a pena foi aplicada em cúmulo jurídico e o tribunal deu como provados todos os crimes: abuso sexual de menores, abuso sexual de crianças e coação sexual.
A condenação teve em conta o número de atos praticados (19) e não o número de vítimas envolvidas, como pretendia a defesa.
De acordo com o que ficou provado, Luís Miguel Campos Mendes, de 37 anos, abusou de seis crianças com idades entre os 11 e os 15 anos, cinco das quais alunos em regime de internato no Seminário do Fundão.
Os cinco seminaristas foram abusados entre 2011 e 2012 e a sexta vítima – aluno do padre no Colégio Nossa Senhora dos Remédios, Tortosendo, Covilhã – foi abusada em 2008.
O padre Luís Miguel Campos Mendes foi detido pela Polícia Judiciária no dia 7 de dezembro de 2012 no âmbito de um inquérito relacionado com o abuso sexual de crianças, encontrando-se em prisão domiciliária desde esse dia.
O julgamento por crimes de abuso sexual de menores começou no dia 19 de setembro e decorreu à porta fechada para proteger as vítimas.
PR