Guarda: D. Manuel Felício pede “autenticidade” aos padres da diocese

Bispo da Guarda alerta que “automóveis top de gama ou smartphones” não podem preocupar os sacerdotes

Guarda, 27 dez 2013 (Ecclesia) – O bispo da Guarda, D. Manuel Felício aproveitou a missa de Natal para pedir aos sacerdotes que sigam o exemplo do Papa Francisco olhando mais para as pessoas e menos para os bens materiais.

“O Papa pede-nos autenticidade cada vez maior no exercício do ministério que nos está confiado, pede-nos sinais claros do que queremos fazer, de verdade, opção pelos mais pobres, pede-nos gestos proféticos na relação com os bens materiais e vai ao ponto de nos dizer que bens de consumo como automóveis de top de gama ou máquinas sofisticadas como smartphones não podem preocupar os ministros do Evangelho”, lembrou o bispo da Guarda durante a homilia da missa na noite de Natal que decorreu na Sé da cidade.

O exemplo do Papa Francisco que aquando da sua eleição recusou “ um certo estatuto de príncipe que tradicionalmente tem andado ligado à figura do sucessor de Pedro na cátedra romana” é um exemplo e “uma importante lição a aprender”, acrescentou D. Manuel Felício.

O bispo da Guarda defendeu que os padres da diocese têm de se “concentrar em interpretar da melhor maneira possível o rosto bondoso e misericordioso de Deus para com todos, especialmente os que mais precisam.”

Uma atenção redobrada num tempo em que o país atravessa uma grave crise “em que há muitas pessoas a sofrer por falta do essencial”, e em que é urgente “renovar a fidelidade dos sacerdotes ao que o Evangelho lhes pede” o que implica “renovado empenho em assumir os gestos proféticos sugeridos pelo Evangelho”, disse D. Manuel Felício na homilia da missa do galo na Sé da Guarda.

O bispo da Guarda alertou os sacerdotes para a necessidade de terem sempre em atenção que “o mundo atual se sente no direito de exigir da Igreja, e particularmente dos que nela vivem a especial consagração, coerência com os princípios evangélicos que regulam as suas vidas”.

A “obrigação” dos padres é oferecer “acolhimento e muito acompanhamento” às pessoas, tal como “muita compreensão da realidade que elas são e das dificuldades que as afligem”, finalizou D. Manuel Felício.

MD

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Agência ECCLESIA

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