Guarda: Bispo sublinha a importância de potenciar «mobilização» em volta do Papa e do Centenário de Fátima

D. Manuel Felício fala em «grande oportunidade»

Guarda, 27 jan 2017 (Ecclesia) – O bispo da Guarda destacou a vinda do Papa a Portugal, para o Centenário das Aparições em Fátima como um acontecimento “global” que tem de ser potenciado para aprofundar a vivência cristã das comunidades.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, D. Manuel Felício fala numa “grande oportunidade” e lembra que ao longo do seu pontificado Francisco tem demonstrado ser uma Papa que “surpreende”.

“Nós estamos disponíveis para a novidade que ele trouxer. Para já, o estilo de visita a Fátima faz-nos pensar”, aponta o prelado, referindo-se ao facto de Francisco querer vir a Portugal e ao Santuário de Fátima como “peregrino”.

“Ele vem-nos dizer que Fátima é lugar de peregrinação, um lugar de oração, um lugar onde havemos de aprofundar a nossa fé”, considera o bispo da Guarda, que considera essencial que a Igreja Católica em Portugal aproveite este momento, e o “entusiasmo” que ele está a gerar, para reforçar a vivência cristã das comunidades.

Aproveitar esta “mobilização” é uma “responsabilidade da Igreja e dos sacerdotes”, frisa D. Manuel Felício.

“O que é que nós damos às pessoas nesta mobilização? Deixamo-las apenas com a sua piedade, com as suas devoções, sentimentos? Ou pelo contrário, somos capazes de lhes fazer propostas válidas, na linha da vivência da fé, da formação da fé, da renovação pessoal de vida, das próprias famílias, da própria sociedade como tal”, questiona.

Apesar do programa do Papa em Fátima ainda não estar completamente delineado, deverá estar no Santuário pelo menos na tarde do dia 12 de maio e permanecer até ao final da manhã do dia 13.

“A única coisa que connosco prometeu foi almoçar com os bispos, não sei se a agenda dele ainda o permitirá”, realça D. Manuel Felício.

Sobre o modo como o Centenário das Aparições de Fátima está a ser preparado na Diocese da Guarda, o bispo revelou que pelo menos em um arciprestado da região vai acontecer a visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima.

“Há dois anos, em 2015, a imagem foi ao arciprestado mas não às paróquias, elas ficaram com pena e motivaram os párocos para deixarem que ela vá como preparação a cada uma das paróquias. Será durante um mês, do dia 5 de março a 5 de abril, com a imagem a ir a cada uma das paróquias e a ficar lá um dia”, adiantou.

O Movimento diocesano da Mensagem de Fátima também está a preparar iniciativas, a partir da carta pastoral que os bispos portugueses publicaram recentemente sobre o Centenário e a Mensagem de Fátima, intitulada ‘Fátima sinal de esperança para o nosso tempo’.

Um documento já publicado em livro e “que se lê com muito gosto”, frisa D. Manuel Felício.

Ainda na perspetiva do necessário envolvimento das comunidades, o responsável católico olha “com gosto” para o facto de “a programação” do evento tenha incluído uma peregrinação nacional de pessoas com deficiência a Fátima, no mês de junho.

“Também nós queremos estar presentes”, assegurou o prelado, recordando as 10 instituições que na diocese estão mais ligadas à pastoral da pessoa com deficiência.

PR/JCP

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Agência ECCLESIA

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