D. Manuel da Rocha Felício lembra que crise que não pára nos 500 que vão ficar sem emprego
O Bispo da Diocese da Guarda, D. Manuel da Rocha Felício, considera que o Governo tarda a anunciar “medidas concretas” para apoio aos futuros desempregados da multinacional Delphi, na criação do próprio emprego.
Após a administração ter anunciado que 300 trabalhadores serão despedidos até 31 de Dezembro e mais 200 até ao final do primeiro trimestre de 2010, D. Manuel da Rocha Felício referiu que alguns dos 500 desempregados “não vão ser opção de outras empresas porque têm uma idade avançada”, daí que seja necessário ajudá-los “porventura a fabricarem emprego por si próprios e para mais alguém”.
“Há instrumentos em que temos ouvido falar: nomeadamente dizendo que todos os cidadãos têm direito ao crédito. Isto é bom dizê-lo, mas agora é preciso pô-lo em prática”, afirmou.
O Bispo da Guarda acrescentou que “há também instrumentos legais que regulamentam o microcrédito, mas nós não vemos isso aplicado. Precisamos de gente no terreno que nos ensine isso”.
Também afirmou que, por parte do Governo, “já devia de ter acontecido, pelo menos a indicação de um conjunto de medidas que permitissem superar esta grave crise que nos atinge e que não pára nos 500 que vão ficar sem emprego”. “Ela [a crise] vai continuar, porque, se não pomos cobro a esta situação, as empresas vão desactivando uma a uma e não vem nenhuma para ocupar o lugar delas”, vaticinou.
D. Manuel da Rocha Felício também declarou que a Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) da Guarda “continua pobre de presenças, embora seja rica de condições oferecidas”, considerando que “é preciso medidas concretas que permitam as empresas escolherem estes lugares”.
No dia 23 de Outubro, o Bispo anunciara que a Diocese vai criar um serviço de atendimento ligado à Cáritas, para “avaliar as situações e procurar soluções personalizadas”.