Guarda: Bispo diocesano contesta intenção de legalizar eutanásia

Mensagem de Natal de D. Manuel Felício pede atenção às crianças sem «pai nem mãe»

Guarda, 20 dez 2016 (Ecclesia) – O bispo da Guarda alertou na sua mensagem de Natal para as consequências de uma eventual legalização da eutanásia, recordando quem vive a “marginalidade” do abandono, bem como as crianças que não têm pai nem mãe.

“Natal não é morte, mas vida nascente que se afirma, apesar das dificuldades, como foi, no caso do Menino de Belém”, afirma D. Manuel Felício, para quem “há muito a fazer” neste campo.

Na mensagem enviada hoje à Agência ECCLESIA, o prelado considera que as situações mais extremas podem levar os implicados a pedir “para lhes anteciparem a morte”.

“A solução não é legalizar a eutanásia, pois essa é a escolha mais fácil, que significaria sempre a rendição da sociedade e das suas instituições diante das dificuldades, em vez de procurar congregar esforços, com o empenho de todos, para as superar”, desenvolve.

O bispo da Guarda considera que não é legítimo tomar esta decisão “nas costas da sociedade civil”, que “não elegeu” os seus deputados para isso.

D. Manuel Felício evoca depois, “com atenção privilegiada”, as crianças que não têm pai nem mãe “para cuidar delas, as ajudar a crescer na vida” e realizarem “o sonho legítimo” de construírem o seu futuro com dignidade.

“Queremos trabalhar para oferecer a essas crianças as condições que lhes faltam para viverem felizes. Saudamos, por isso, todas as instituições que se propõem acolhê-las e ajudá-las”, acrescenta o prelado, que destaca o projeto ‘Anascer’ da Cáritas Diocesana da Guarda.

Para o bispo diocesano, a mensagem do Presépio de Belém toca o coração, “modifica as relações e os comportamentos, e traz novas razões de esperança”, porque na “simplicidade e pobreza” da Criança do presépio está “cada uma e todas as crianças do mundo”.~

“Queremos contribuir para dar resposta às situações variadas de especial dificuldade que estão a atingir crescente número de pessoas e famílias”, sublinha o bispo da Diocese da Guarda.

D. Manuel Felício assinala que o Natal “é motivação particular para ir ao encontro de todos os que precisam”.

“Apesar das muitas conquistas e progressos das sociedades atuais, a solidão e o abandono continuam a fazer sofrer grande número de pessoas, nos nossos ambientes”, adverte.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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