D. Manuel Felício refletiu com sacerdotes sobre o que «pede o exercício do Ministério Sacerdotal» na diocese
Guarda, 20 jun 2020 (Ecclesia) – O bispo da Guarda afirmou que “a renovação das estruturas só resulta” se existir um “movimento de renovação das mentalidades das pessoas”, a começar pelos sacerdotes e diáconos, na Missa onde também interrogaram-se sobre “o que pede o exercício do Ministério Sacerdotal”.
“O número de padres que somos não permite, isso é certo, celebrar a Eucaristia dominical em todas as paróquias e suas anexas. Mas não é menos verdade que o número das pessoas residentes nas nossas terras também é cada vez mais reduzido e está a pedir-nos criatividade para redefinirmos não só a distribuição das celebrações dominais, mas também dos outros serviços paroquiais”, disse D. Manuel Felício, esta sexta-feira, na Sé.
Na homilia da Missa Crismal, enviada à Agência ECCLESIA pela Diocese da Guarda, o seu bispo assinalou que queriam “também” interrogar-se “sobre o que pede o exercício do Ministério Sacerdotal” nesta Igreja diocesana, lembrando que a Assembleia diocesana de 2017 pediu para promoverem “um movimento alargado de renovação”.
“A renovação das estruturas só resulta se for precedida e acompanhada de um outro movimento de renovação das mentalidades das pessoas, a começar por nós sacerdotes e diáconos”, desenvolveu.
D. Manuel Felício contatou que “é verdade” que são menos padres do que “há algumas décadas” mas hoje têm diáconos permanentes e “mais de um milhar de Ministros Extraordinários da Comunhão nomeados e espalhados por toda a diocese”, bem como catequistas, “dedicados e com vontade de progredirem na sua formação”, e também Conselhos Económicos Paroquiais, “praticamente em todas as paróquias, que talvez estejam à espera de serem mais responsabilizados”.
“Pertence-nos a responsabilidade de presidir às comunidades e, como tal, a nossa principal obrigação é identificar, convidar, formar, motivar e coordenar os diferentes ministérios e serviços, bem como cuidar a máxima participação de todos os fiéis na vida da sua comunidade, o que implica recorrer a instrumentos próprios, como são os conselhos pastorais paroquiais ou interparoquiais”, desenvolveu.
Na Solenidade do Coração de Jesus, a Igreja vive uma Jornada Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes, e este ano em muitas dioceses de Portugal celebraram também a Missa Crismal, adiada de Quinta-feira Santa por causa da pandemia, com a bênção dos Santos Óleos e a renovação das promessas sacerdotais.
Na Sé da Guarda com o seu bispo estiveram apenas sacerdotes e diáconos, cumprindo as regras de higiene, distanciamento e com máscaras”, e D. Manuel Felício lembrou os padres que celebram 70 de ordenação sacerdotal, 60 anos e 25, assinalando o seu percurso.
O dia ficou marcado também por um encontro do clero Seminário da Guarda, depois da Eucaristia, e na homilia, o bispo da Guarda observou que a pandemia Covid-19 “não permite ainda a liberdade de movimentos” desejada e partilhou o desejo de em setembro, “no início da segunda quinzena, reiniciar a normalidade possível”, com o retiro anual dos padres.
CB