Grupos de cidadãos questionam Partidos

Um grupo de católicos enviou um conjunto de questões, a todos os partidos concorrentes às eleições legislativas do próximo dia 27 de Setembro, assumindo o objectivo de ajudar os eleitores a "votar em liberdade de consciência esclarecida".

O documento, enviado à Agência ECCLESIA, tem o título "Votar em liberdade de consciência tranquila" e é assinado por mais de seis dezenas personalidades como Bagão Félix, Gentil Martins, Fausto Quadros, Isilda Pegado ou João César das Neves, para além de Manuel Braga da Cruz e Matilde Sousa Franco.

"Pensamos que é necessário que os partidos esclareçam cabalmente o eleitorado sobre um conjunto de aspectos muito importantes", referem os subscritores, que citam a Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa sobre as próximas eleições, de 23 de Abril.

Entre as questões colocadas destacam-se a "promoção dos Direitos Humanos", a "defesa e protecção da instituição familiar, fundada na complementaridade homem mulher" e o "respeito incondicional pela vida humana em todas as suas etapas e a protecção dos mais débeis".

A carta fala ainda na "procura de solução para as situações sociais mais graves: direito ao trabalho, protecção dos desempregados, futuro dos jovens, igualdade de direitos e melhor acesso aos mesmos por parte das zonas mais depauperadas do interior, segurança das pessoas e bens, situação dos imigrantes e das minorias".

Combate à corrupção, ao inquinamento de pessoas e ambientes, por via de alguma comunicação social, atenção às carências no campo da saúde e ao exercício da justiça são outros temas abordados, num documento em que se apela ao "respeito pelo princípio da subsidiariedade e apreço pela iniciativa pessoal e privada e pelo trabalho das instituições emanadas da sociedade civil, nomeadamente quando actuam no campo da educação e da solidariedade".

Os subscritores pedem aos Partidos uma resposta a estas questões até ao ao fim do mês de Agosto.

 

Presente e futuro

Um outro grupo de cidadãs e cidadãos, "insatisfeitos com os conteúdos e a qualidade do debate político partidário", tomou a iniciativa de reunir alguns contributos para um melhor equacionamento de opções com que o nosso País se tem de confrontar, nesta encruzilhada em que se encontra o mundo contemporâneo. "Move-nos o desejo de uma reflexão sobre as escolhas que afectam o nosso presente e condicionam o nosso futuro", referem os promotores da iniciativa.

Este documento está disponível no site http://www.cidadaosdebatempolitica.net/, onde também pode ser comentado e/ou subscrito on line.

O Grupo promotor, refenciado no documento, considera do "maior interesse alargar o debate a uma massa crítica de cidadãos e cidadãs, de modo a suscitar o interesse dos líderes partidários e outros responsáveis políticos pelas opções que verdadeiramente afectam a vida das pessoas", refere Manuela Silva, antiga presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz.

O documento deixa várias questões e conclui-se com um apelo para que "o Estado vir a dar provas de que confia nos cidadãos (no modo de legislar, nas práticas administrativas) e os cidadãos virem a ter razões para confiarem mais no Estado, e assim todos podermos ter mais confiança no nosso futuro comum: um futuro com mais qualidade de vida e mais alegria para todos os homens e mulheres que habitam este País".

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