Grupo missionário de Coimbra relata primeira semana no Brasil

E pede a urgência de missionários. »Não basta o envio de dinheiro, é urgente o envio de pessoas» Uma semana depois da partida do grupo de voluntariado missionário da diocese de Coimbra, JP2, chega à Agência ECCLESIA o relato dos primeiros dias de descoberta no Nordeste brasileiro, em Chapadinha. Depois de um tempo longo de viagem, na tarde do dia 1 de Agosto, os 10 missionários de Coimbra foram recebidos pelo Pároco Pe Neves, pelos restantes padres da comunidade missionários da Boa Nova, pelas Irmãs Criaditas dos pobres “e por leigos da comunidade cristã”, conta o Pe Luís Miranda, Coordenador da Pastoral das Vocações de Coimbra que acompanha o grupo. O descanso, a adaptação ao fuso horário, ao calor e à cidade tomou conta do restante dia, mas o grupo queria “arregaçar as mangas”. Os dias em Chapadinha começam cedo – 5 horas da manhã é hora de levantar. O grupo dispõe de uma capela “em casa com o SSo pois é Ele o pastor da missão” e é rezando que os voluntários começam o dia. “Depois logo pela manhã, às 8h começamos a visitar doentes e famílias em bairros muito pobres”, acompanhando as Irmãs Criaditas neste trabalho. No Domingo “foi tempo para ir ao encontro de diferentes comunidades cristãs”. Divididos em três grupos, “fomos aos vários bairros celebrar”. O Pe. Luís Miranda celebrou eucaristia no bairro do Campo Velho e no bairro de Santo António, depois de uma passagem também pelo bairro da Tigela. “No meio de tanta pobreza ouço muito a voz de Deus a dizer-nos: «eu vi a miséria do meu povo…vai! sou eu que te envio»”. Os voluntários foram nomeados “administradores paroquiais durante uma semana no bairro do Campo Velho”. O grupo vai, assim, preparar “o acolhimento à imagem de Nossa Senhora de Fátima”, que levaram de Portugal a pedido da comunidade. O Pe. Luís Miranda explica que durante a semana visita todas as casas do bairro, onde “vivem muito pobremente, alguns na miséria, cerca de 10.000 pessoas”. Os dias terminam habitualmente pelas 23 horas. O trabalho em casa é todo partilhado, formando uma comunidade que reparte as tarefas. Refeições, limpeza, oração são realidades para um tempo “que tem sido um de graça, onde experimentamos muito a certeza de que a mão de Deus nos guia e nos faz rosto da sua consolação ao Povo”. “Por entre um tempo quente, seco, por entre fuso horário diferente fica a alegria de vermos cumprir-se o mandato de Cristo – «Ide por todo o mundo e anunciai o evangelho»”. Ainda apenas com uma semana de missão “percebemos como é importante que a Igreja que envia, também acompanhe”. A Igreja em Portugal tem enviado “mas tem acompanhado pouco aqueles que envia…em 30 anos de entrega generosa, o Pe. Neves partilha que não basta enviar dinheiro, mas é urgente o envio de pessoas, a presença que se faz relação, a certeza de que quem vem não é esquecido e mantém uma retaguarda forte”. Notícias relacionadas Coimbra inicia grupo de voluntariado missionário

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Agência ECCLESIA

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