Lançamento da Peregrinação de Agosto com alertas contra a exploração de imigrantes no nosso país
O Bispo de Fátima, D. António Marto, defendeu esta Quarta-feira que não é preciso “entrar em pânico antes do tempo” a respeito da pandemia da Gripe A.
Na conferência de imprensa de apresentação da peregrinação internacional de Agosto, na Cova da Iria, tradicionalmente dedicada aos migrantes, o responsável pela Diocese de Leiria-Fátima sublinhou que “a Igreja sempre soube responder a todas as situações no tempo certo”, lembrando o caso do México, em que as celebrações da Eucaristia foram suspensas durante algum tempo, para evitar a propagação da doença.
“O vírus da Gripe A não tem a agressividade do vírus da gripe sazonal. Não vamos entrar em pânico antes do tempo”, atirou, antes de admitir como “admissível”, no plano teórico, o cenário de suspensão dos grandes ajuntamentos de pessoas no Santuário.
O Reitor do Santuário de Fátima disse, por seu lado, que ainda não existe qualquer plano de contingência para a gripe A, garantindo, no entanto, que o Santuário está atento: “Estamos atentos, achamos importantes todos os conselhos e exortações das autoridades sanitárias e da Pastoral da Saúde”.
O Pe. Virgílio Antunes sublinhou igualmente que “a Protecção Civil e as autoridades regionais de saúde estão atentas ao fenómeno”.
Ao lado dos migrantes
Numa peregrinação dedicada a emigrantes e imigrantes, foram lançados apelos contra a discriminação racial e o tráfico de seres humanos. A celebração do dia 13 de Agosto será presidida pelo Bispo Alessandro Carmelo Ruffinoni, responsável pela Pastoral dos emigrantes brasileiros e auxiliar da Diocese de Porto Alegre,que pediu o acolhimento dos migrantes sem reservas nem preconceitos.
D. António Marto, por seu lado, quis unir-se a D. António Vitalino, Bispo de Beja, e à Cáritas desta Diocese “na denúncia da situação de exploração, de extorsão de salários e de violência física a que têm sido submetidos no Alentejo, no distrito de Beja, alguns trabalhadores romenos e tailandeses”.
O Bispo de Leiria-Fátima comentou também a época eleitoral que se avizinha. “A Igreja não tem nenhum partido político, nem é uma força de pressão política. A Igreja tem a sua missão própria e está presente na sociedade”, frisou.
Redacção/Lusa/RR