Protesto contra políticas de austeridade do Governo congrega hoje milhares de pessoas um pouco por todo o país
Lisboa, 24 nov 2011 (Ecclesia) – Os trabalhadores cristãos estão solidários com a greve geral que congrega hoje milhares de pessoas, um pouco por todo o país, colocando-se ao lado daqueles que vivem “situações de fragilidade laborais e financeiras”.
Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a Liga Operária Católica – Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) considera que esta ação é justificada pelo “corte em direitos laborais, na proteção social e nos serviços públicos, empobrecendo cada vez mais quem vive do seu trabalho ou está excluído dele”.
Os operários cristãos, representados a nível nacional por Fátima Almeida, José Rodrigues e padre Emanuel Vaz (coordenadores e assistente nacionais), destacam a iniciativa daqueles que “tomam nas suas mãos a tarefa de fazer inverter o rumo que esta globalização económica e financeira desregulada tem imposto às democracias”.
A paralisação desta quinta-feira, que se está a fazer sentir sobretudo nos setores dos transportes, da saúde, educação e segurança, é vista pelas centrais sindicais UGT e CGTP como um “sério aviso ao Governo”, no sentido de serem repostos “direitos que foram gravemente afetados” com o plano de austeridade que está a ser implementado.
Em causa estão medidas como o corte de 50 por cento no subsídio de Natal deste ano e a totalidade dos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos em 2012 e 2013.
Os trabalhadores contestam ainda a “ameaça de total desregulamentação dos horários de trabalho no setor privado” aponta João Proença, secretário-geral da UGT, em declarações à agência Lusa.
A LOC/MTC acredita que “a participação cívica e ações concertadas podem pôr fim a estas políticas económicas e sociais tão injustas e desumanas”.
Um ideal partilhado pela Juventude Operária Católica (JOC), para quem “contestar de forma individual não é a melhor solução”, é preciso “mobilizar os colegas de trabalho para a luta que é para o bem de todos”.
Aquela organização recorda a situação difícil que atravessam muitos jovens trabalhadores e respetivas famílias, atingidos pela “precariedade laboral”, por “taxas de desemprego crescentes”, pela “proliferação dos recibos verdes” e “desregulamentação dos horários laborais”.
O movimento dirigido a jovens entre os 14 e 30 anos espera que a adesão a estas “Jornadas de luta” contribua para “ultrapassar as graves dificuldades atuais”, em “defesa de um trabalho digno e um desenvolvimento económico e social centrado na pessoa”.
JCP