Papa regressa a Altötting No coração religioso da Baviera, Bento XVI voltou esta manhã a proclamar a “realeza de Deus”, pedindo aos homens e mulheres dos nossos dias que procurem “dar espaço a Deus na sua vida, no próprio mundo, deixando-o entrar no nosso tempo e no nosso agir”. Na Praça do Santuário mariano de Altötting, o Papa alemão optou hoje por deixar de lado o tom de denúncia contra o relativismo e o esquecimento de Deus que marcou a sua passagem por Munique, frisando que a grandeza de Deus não diminui o ser humano: “quando Deus se torna grande, o ser humano não se torna pequena, mas Deus engrandece-o e torna o mundo luminoso”. Durante a homilia da Missa celebrada perante mais de 60 mil fiéis e concluída há instantes, Bento XVI aludiu à luz, tendo como pano de fundo um episódio acontecido durante a II Guerra Mundial, quando o santuário mariano esteve a ponto de ser destruído – os aliados só não o fariam se estivesse iluminado durante a noite e foi o encarregado da central eléctrica a pagar com a sua vida o facto de ligar a luz sempre que os nazis a queriam desligar. A sua intervenção centrou-se na figura da Virgem Maria, venerada por milhões de fiéis, todos os anos, neste local, tendo apelado aos fiéis que sigam o seu exemplo “que nos ensina a não querer afirmar a nossa vontade e os nossos desejos face a Deus, mas deixá-lo decidir o que quer fazer”. Na oração universal, rezou-se pelas vítimas do 11 de Setembro, cinco anos depois dos atentados.