José Luís Nunes Martins
O sentido da vida é amar. Só dessa forma se pode alcançar a felicidade. A determinação com que se tem de agir leva-nos muitas vezes a grandes angústias e desesperos, porque não se ama quando se quer amar apenas pela metade. Amar é sempre entregar-se por completo, sem prudências.
E se tudo aquilo em que acredito for vão? Não será que os egoístas são mais sensatos? Quanto terei de sofrer até conseguir pagar o preço que pareço dever?
Amar é um sacrifício, mas que vale a pena, qualquer pena, por mais penosa que seja. Neste mundo apenas importa seguir pelo caminho que nos leva ao céu, ainda que seja o mais exigente em termos de fé e de obras. Só vai para o céu quem vive aqui sabendo que não se deve deixar seduzir pelas coisas deste mundo. Elas ficarão, nós não.
Estamos de passagem, importa ter por certa a ideia de que dar-se não é empobrecer nem perder-se. Muito pelo contrário, é dando que se recebe, e é o que damos que nos enriquece do único tesouro que levamos connosco.
Quantas vezes amar nos leva a uma sensação de abandono? Grande parte dos que vivem connosco não procuram o que deviam, não valorizam o que importa e acreditam em promessas que apenas pretendem encantá-los, adormecer-lhes a consciência e a existência.
Talvez ninguém neste mundo possa viver com muita paz, e neste nosso tempo parece ser ainda pior, porque o bem é pouco reconhecido. Mas a verdade é que o mal não deixa de ser mal por estar na moda. A falta de paz deveria ser um sinal de alarme para a distância a que se está do caminho certo.
Importa ter a firme a convicção de que é grande a paz que espera todos aqueles que foram capazes de, amando, entregar esta sua vida.