Uma campanha promovida pela plataforma “Hay Alternativas” conseguiu que o governo espanhol recuasse nas suas posições de defesa da eutanásia, assegurando que está não será autorizada em Espanha nos próximos anos. Doze dias bastaram para reunir 10 mil assinaturas e levar a ministra Elena Salgado a defender que a única política que se deve promover em casos de doenças incuráveis é a de “conseguir uma vida digna até ao fim”. O debate sobre este tema foi aberto na Espanha pelo filme “Mar adentro”, onde se advoga a morte de um incapacitado, mas as associações de tetraplégicos acusaram o governo de “dar mais atenção a um filme do que às reivindicações dos que não querem morrer, mas procuram condições mínimas para levar uma vida digna”. O presidente da Federação Internacional das Associações Médicas Católicas, Gian Luigi Gigli, referiu à Agência Zenit que a eutanásia “é um acto de recusa daqueles que nos lembram, com o seu sofrimento, a finitude humana”. Este resposnável criticou a decisão do governo holandês de permitir a eutanásia infantil, acusando-o de “permitir que se matem pessoas sem o seu consentimento”. Gigli assegurou mesmo que “as distâncias entre as práticas eutanásicas holandesas e as dos nazis começam a desaparecer”.