O vice-primeiro ministro e ministro da justiça dos Camarões, Amadou Ali, escreveu à Comunidade católica de Santo Egídio para agradecer o seu trabalho numa prisão local. O último projecto passou pela escavação e a realização de un poço de água potável. “Apresento-vos os meus sinceros agradecimentos pelo gesto que traduz sem equívocos, o humanismo da Comunidade de Santo Egídio e o seu empenho nos Camarões”, escreveu Amadou Ali. Depois do velho poço ter secado, os cerca de100 detidos da prisão – assim como as populações vizinhas – ficaram sem água potável. Utilizava-se a água que se ia buscar ao rio, com um sério risco de doenças. O novo poço permite melhorar as condições de vida no interior da prisão onde se encontram detidos também alguns condenados à morte de quem a Comunidade se ocupa há já alguns anos. No passado tinham sido feitas outras intervenções para melhorar as condições dos prisioneiros, incluindo a oferta de colchões para os prisioneiros da prisão de Tcholliré. Esta comunidade católica nasceu em Roma em 1968, logo depois do Concílio Vaticano II. Hoje é um movimento de leigos, ao qual aderem mais de 30 000 pessoas, empenhados na evangelização e na caridade em Roma, na Itália e em mais de 35 países de vários continentes, incluindo Portugal. É uma “Associação pública de leigos da Igreja”. As várias comunidades, espalhadas pelo mundo, partilham a mesma espiritualidade e os fundamentos que caracterizam o itinerário de Santo Egídio: a oração, a comunicação do Evangelho, a solidariedade com os pobres, o ecumenismo e o diálogo como via da paz e da colaboração entre as religiões.