Governo boliviano afasta mediação da Igreja Católica

O governo da Bolívia descartou esta Segunda-feira a Igreja Católica como mediadora num diálogo com a oposição, que no Domingo cantou vitória após um referendo que aprovou um estatuto de autonomia no Departamento de Santa Cruz. A determinação do governo de Evo Morales surge após o Cardeal Julio Terrazas, presidente da Conferência Episcopal e habitante de Santa Cruz, ter participado no polémico referendo, considerado ilegal pelas autoridades nacionais. «O mais alto membro da Igreja Católica pronunciou-se politicamente pelo caminho de apoio explícito à ilegalidade e por isso descartou qualquer possibilidade de se tornar em facilitadora ou mediadora», disse em conferência de imprensa o ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana. Em resposta, um comunicado da Conferência Episcopal esclarece que o Cardeal, como cidadão boliviano, «tem o legítimo direito de exercer seu voto». «Como ele mesmo assinalou, em diversas ocasiões, a Igreja continuará a servir a população, velando pela unidade e o bem comum de todos os bolivianos», conclui a nota. Redacção/Zenit

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