Governo Açoriano apoia inventariação do património da Igreja

“Estamos a estudar formas (…) de se proceder à inventariação do património religioso nos Açores, em especial começando pela ilha de São Miguel, nas suas diversas componentes” – anunciou ontem o presidente do Governo Regional dos Açores. Em declarações aos jornalistas após a audiência de cumprimentos concedida ao padre Octávio Medeiros, novo vigário episcopal para São Miguel, Carlos César adiantou que essas formas se poderão traduzir quer “através de técnicos de instituições culturais públicas da Região, quer através de um contrato de prestação de serviços que para esse efeito pode ser celebrado, por exemplo, com a Universidade dos Açores”. Para o chefe do Executivo açoriano, a Igreja Católica “além do seu património imaterial é portadora e detentora de um património material muito valioso, quer no plano arquitectónico e construído, quer no plano documental e da ilustração da nossa História, e isso exige da parte do Governo Regional uma atenção também muito especial para a sua conservação e valorização”. Este compromisso correspondeu assim à solicitação apresentada no decorrer do encontro pelo vigário episcopal. “Quanto mais salvaguardarmos (o património) também mais a memória colectiva deste povo continua viva e todos ficamos a beneficiar”, defendeu. Explicando que a Igreja, só por si, não consegue concretizar todo este projecto, Octávio Medeiros adiantou que está em causa “todo o património histórico a nível de escrita documental” ainda que “muito dele esteja quase irrecuperável pela humidade” a que tem estado sujeito. Outro é o “património artístico: imagens, objectos de culto, muita coisa que a Igreja tem, felizmente, e que não está inventariado, não está catalogado”, acrescentou. O vigário episcopal disse ainda aos jornalistas que além da apresentação de cumprimentos e da solicitação de apoio governamental para este projecto quis desejar a César um bom mandato, “porque quanto melhor for o seu mandato, melhor será também para os açorianos”. Questionado sobre o papel da Igreja Católica, o presidente do Governo Regional considerou que hoje nos Açores “vai muito para além da sua dimensão tradicional” e “tem uma fortíssima inserção no plano cívico”. Carlos César afirmou mesmo que “os Açores seriam substancialmente diferentes e para pior sem esse papel relevantíssimo que a Igreja hoje tem junto das nossas comunidades e a favor da promoção das nossas comunidades”. César salientou que, tanto “directamente” com a Igreja Católica como “através de instituições que lhe são conexas”, se desenvolve “uma parceria muito importante com o Governo Regional em domínios diversificados, desde a área cultural à prestação de serviços de acção e inclusão social.” Com Açoriano Oriental

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