Gosto pela missão

Não era frequente incluir a missão nos dinamismos paroquiais. A transmissão da mensagem, a celebração litúrgica e, nalguns casos, as iniciativas sociais preenchiam a acção de paróquias, grupos ou movimentos eclesiais. No Patriarcado de Lisboa, a realização de uma sessão do Congresso Internacional para a Nova Evangelização introduziu a dimensão do anúncio na paróquia. O Cón. Carlos Paes, pároco em S. João de Deus, confirmou à Agência ECCLESIA essa alteração na sua paróquia, nomea-damente na catequese. “Antes, existia a preocupação por transmistir a mensagem, por levar as crianças à primeira comunhão. Não era frequente incluir a dimensão da missão na catequese”. Actualmente, a missão está presente. Existe mesmo “gosto pela missão”. O dinamismo missionário nas paróquias da cidade ganhou visibilidade na “Cruz da Missão”. Um sinal que causou grande impacto antes, durante e depois da sessão de Lisboa do ICNE, continuando mesmo a ser “requisitada” para momentos especiais como a primeira missa de sacerdotes. O dinamismo na pastoral da juventude na zona Oriental de Lisboa resultou, também, das acções do ICNE. As iniciativas do Congresso criaram laços entre as novas gerações das paróquias de Chelas, Moscavide, Parque das Nações, Portela e Olivais “até há pouco impensáveis”. A opinião é de Vítor Adragão, que avalia com optimismo as acções levadas a cabo pelos jovens dessas paróquias, como aconteceu no último Domingo de Ramos. Após ter dinamizado acções de rua na Gare do Oriente, há um ano, Vítor Adragão diz que a Igreja “começa a ter o seu espaço”. E exemplifica: ao contrário do que acontecia há um ano, desenvolver acções de evangelização na rua é agora fácil. “Neste momento estamos a montar uma missão paroquial para a novena da Imaculada Conceição e situações que foram difíceis, como entrada nas escolas e diálogos com professores e alunos, estão facilitadas. Dizem mesmo que já estavam à espera”. Vitor Adragão vê ainda outro resultado do Congresso: a disponibilidade dos padres para um tipo de contacto cara a cara, aceitando tomar a iniciativa de “ir ao encontro” das pessoas. Ecumenismo Dos encontros que manteve durante as acções de rua, na Gare do Oriente, Vítor Adragão recorda à Agênci ECCLESIA dois encontros ecuménicos. “Um deles foi com pessoas da a Igreja Evangélica, que tinham desonifança em relação ao congresso porque achamvam que queriamos impor uma verdade fechada. Quando contactaram com as pessoas que estavam na Gare do Oriente, uma pessoa reagiu: afinal parece que os católicos também se deixam envolver pelo Espírito Santo”. Outro encontro foi com ucranianos ortodoxos. “Ao entrarem na tenda e ao verificarem que estava Jesus Eucarístico, tiveram uma reacção cuirioso: mas depois da missa ficam com Jesus na óstia?! – isso é muto bem achado, disseram”.

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