Voto de cada português «pode fazer a diferença», considera Grupo Sociedade e Política do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura
Lisboa, 25 abr 2011 (Ecclesia) – O envolvimento dos portugueses nos destinos do país «é um dever» e cada voto «pode fazer a diferença», considera o Grupo de Reflexão Sociedade e Política do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, da Igreja Católica.
«Mais do que o voto, a participação ativa no processo eleitoral que se aproxima torna-se uma contribuição necessária e inestimável para o País», sublinha o primeiro documento daquela equipa publicado hoje, dia em que passam 37 anos sobre o 25 de abril de 1974, data que marcou a transição de Portugal para o regime democrático.
A intervenção no processo eleitoral e a participação nas eleições legislativas de 5 de junho supera «a escolha de um projeto de governação», tornando-se «o cumprimento de uma verdadeira exigência» em «tempos de mudança», assinala o texto.
O período que antecede a votação oferece «um vasto leque de formas de participação no futuro político» do país, através da «apresentação de ideias, sugestões e recomendações que podem ser endereçadas aos Partidos Políticos e Movimentos Associativos», salientam os signatários.
A expressão da cidadania dos portugueses compreende também a «análise e discussão dos Programas de Governo apresentados por cada Partido Político», a «participação ativa numa campanha eleitoral que se pretende esclarecedora e construtiva», a discussão de ideias em «debates informados» e o «exercício do direito de voto».
«O contributo das competências de cada cidadão numa campanha eleitoral participada permitirá discutir verdadeiras alternativas e soluções para Portugal, deixando claro o que vai ser exigido após as eleições – rigor, seriedade e competência», precisa o documento.
O texto realça que o «envolvimento do País» no processo eleitoral e uma «votação amplamente participada no dia das eleições» vão implicar «uma responsabilidade política acrescida para quem for eleito».
O documento exige a concretização imediata de «duas alterações estruturais»: «o exercício digno» das funções do poder político eleito e «uma maior abertura a iniciativas e manifestações da sociedade civil».
O Grupo Sociedade e Política, constituído por cerca de 20 pessoas pertencentes à geração abaixo dos 40 anos – e, portanto, pós-25 de Abril – pretende fazer eco de «princípios cristãos», embora integre pessoas de diferentes religiões e áreas profissionais sem qualquer atividade política.
Esta segunda-feira, Joana Carneiro e Duarte Brito Goes, dois elementos deste Grupo, apresentam no Programa Ecclesia (RTP2, às 18h00) as ideias que defendem nesta tomada de posição pública.
O Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, dirigido pelo padre José Tolentino Mendonça, está integrado na Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, presidida pelo bispo do Porto, D. Manuel Clemente.
SNPC/RM/PR