Gen Verde

Grupo traz a Portugal espectáculo construído com mulheres de 14 países, unidas pela «sintonia do pensamento» Está em Portugal o espectáculo “O Manto do mundo”, apresentado pelo grupo Gen Verde, ligado ao Movimento dos Focolares. 24 mulheres de 14 países apresentam um musical, com traços poéticos, onde se canta e se fala da aventura humana, iluminada pela luz do infinito. O espectáculo apresenta, “com pinceladas delicadas”, alguns passos da fisionomia de um povo que percorre os caminhos da História, espalhando sementes de unidade e fraternidade. Orquestra, canto e dança conjugam-se na busca de “uma sintonia do pensamento”. Sílvia Reis é uma das mulheres que se apresentam em palco e não esconde a emoção por poder apresentar esta mensagem no seu país. Passando quase metade do ano em digressão, esta portuguesa considera que a “espiritualidade da unidade” típica dos Focolares permite que tudo funcione neste grupo tão diverso. “O Gen Verde é uma experiência original, porque através da música e da dança procuramos transmitir valores comuns a todas nós”, refere à Agência ECCLESIA. A primeira apresentação teve lugar em Santa Maria da Feira, no passado Sábado, dia 24 de Fevereiro. Hoje é a vez de Braga, Parque de Exposições ( 21h00), seguindo-seTorres Novas (3 de Março, 18h30), Coimbra (7 de Março, 21h15), no Teatro Gil Vicente, Lisboa (10 de Março, 21h00), Algarve-Loulé (15 de Março, 21h15). Sílvia Reis destaca a boa recepção que o grupo tem tido em todo o mundo, como aconteceu num concerto no Japão, há dois anos, perante um público maioritariamente budista. “Nós levamos uma mensagem cristã, apresentamo-nos como somos, e eles apreciaram esta frontalidade”, relata. “Através dos nossos espectáculos procuramos dialogar com todos, crentes ou não crentes, porque acreditamos que temos muitos valores em comum”, prossegue. A artista considera que “nos tempos de hoje, é preciso aproveitar o potencial da arte para dialogar com pessoas diferentes e a música pode chegar ao coração de muitos”. A entrada no grupo nasce a partir do fascínio provocado pela espiritualidade e modo de vida dos Focolares, que a levou até Loppiano, uma cidadela do Movimento, próxima de Florença . O talento não passou despercebido e acabou por ser convidada para o Gen Verde. “Aceitei o convite, por ser uma experiência nova e por estar de acordo com aquilo que já estava a viver em Florença”, explica. História Expressão artística do Movimento dos Focolares, fundado por Chiara Lubich, o Gen Verde constitui uma realidade verdadeiramente original no panorama musical internacional. Artistas de todo o mundo – actualmente são 24, de 14 nações diferentes – na incessante busca da unidade. Loppiano, uma cidadela dos Focolares a 20 km de Florença. No Natal de 1966, um grupo de jovens recebe a prenda de uma bateria de cor verde. Elas tinham vindo de todo o mundo, impulsionadas pela vontade imensa de construir, naquelas colinas, um pedaço visível de um mundo mais unido – aquilo que define as “cidadelas”. E esta convicção ardente exprime-se também em canções, em danças e transforma-se numa dádiva para todos. Realizam-se espectáculos que vão desde as praças das cidades vizinhas até aos grandes estádios, teatros italianos e estrangeiros… um percurso progressivo e incessante. Em 40 anos o nome Gen Verde percorreu as estradas da Europa, da Ásia e das Américas. Mais de 1200 espectáculos realizados, cerca de 1 400 000 espectadores. Desde 1966 até hoje fizeram parte do Gen Verde 129 jovens, de 29 nações. A variedade de culturas, de tradições, de formação, é um enriquecimento, e traduz-se numa doação pessoal e na aceitação da diferença, com uma estima e respeito recíprocos. No trabalho colectivo e na vida quotidiana descobrem-se elementos que unem as várias culturas, desencadeando um processo irreversível de integração. Há uma extraordinária variedade de linguagens expressivas (que vão da dança moderna ao teatro) e de estilos (desde o jazz-rock à World-music). A música, o canto, a dança, o teatro, são uma possibilidade de comunicação com o público. A variedade de estilos é o reflexo da variedade da proveniência dos artistas. A história musical do Gen Verde está em constante evolução: desde os simples concertos dos primeiros anos até um tipo de espectáculo global: “ O mundo, uma casa” (1980), “Mil estradas de luz” (1985), “Os desafios do ano 2000” (1990). Depois, um estilo de teatro musical com “Primeiras Páginas” (1996) e “O manto do Mundo” (2005), em que se remonta às origens da própria história. Mais informações em www.focolares.org.pt

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