Gaza: Patriarcado Latino de Jerusalém denuncia ataques contra civis, refugiados em escola católica

Responsáveis falam em «banho de sangue», após meses de conflito na região

Foto: Lusa/EPA

Lisboa, 08 jul 2024 (Ecclesia) – O Patriarcado Latino de Jerusalém manifestou “grande preocupação” perante notícias de ataques militares contra a Escola da Sagrada Família em Gaza, este domingo.

“As imagens e os relatos e os meios de comunicação social do local incluem cenas de vítimas civis e de destruição no recinto”, refere uma nota, divulgada online.

O comunicado pede que as partes em conflito “cheguem a um acordo que ponha imediatamente termo ao horrível banho de sangue e à catástrofe humanitária na região”.

O pároco de Gaza, padre Gabriel Romanelli, disse hoje ao portal de notícias do Vaticano que “a escola foi atingida duas vezes, várias pessoas foram mortas e muitas ficaram feridas”.

“O número de pessoas alojadas variou constantemente ao longo do tempo. No início, eram mais de mil, mas depois foram expulsas: mais tarde, porém, regressaram 700, porque não sabiam para onde ir, uma vez que quase tudo em Gaza tinha sido destruído”, explica o sacerdote.

Segundo o padre Gabriel Romanelli, uma das grandes dificuldades que a população enfrenta é a deslocação entre espaços.

“Não é fácil. Deslocarmo-nos de um bairro para outro é muito complicado, só o podemos fazer para necessidades comprovadas, como levar alguém ao hospital, que também foi evacuado ontem [domingo]”, indica ao ‘Vatican News’.

Foto: Vatican Media

Na sequência dos atentados do Hamas contra civis, a 7 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1200 mortos e o sequestro de 240 pessoas, o exército de Israel desencadeou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza.

O Patriarcado Latino de Jerusalém precisa que a Escola da Sagrada Família, de que é proprietário, “tem sido, desde o início da guerra, um local de refúgio para centenas de civis”.

“Não há pessoal religioso a residir na escola”, acrescenta a nota.

Os responsáveis católicos condenam “com a maior veemência a violência contra civis ou quaisquer ações beligerantes que não consigam garantir que os civis permaneçam fora da cena do combate”.

OC

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