G20: Cáritas diz que líderes mundiais têm de «acelerar respostas globais» à pandemia

Instituição católica pede vontade política para «honrar promessas» feitas aos mais desfavorecidos

Foto: Lusa/EPA

 

Roma, 29 out 2021 (Ecclesia) – A confederação internacional da Cáritas defendeu hoje, em comunicado, que os participantes na cimeira do G20, em Roma, devem “honrar as promessas e acelerar a resposta global” à pandemia.

“Transformar as promessas feitas sobre vacinas em ações concretas exige atenção imediata antes que seja tarde demais. A menos que o acesso equitativo à vacina seja garantido às pessoas mais vulneráveis nos países menos desenvolvidos, não iremos sair desta pandemia”, adverte secretário-geral da ‘Caritas Internationalis’, Aloysius John, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

Os líderes dos 20 países mais industrializados (G20) reúnem-se em Roma, entre sábado e domingo.

A Cáritas diz que é necessária “uma vontade política mais forte” para enfrentar a crise provocada pela Covid-19, destacando que o acesso às vacinas é um “direito básico”.

“É uma responsabilidade global tornar não só as vacinas disponíveis e acessíveis, mas também apoiar o fortalecimento dos sistemas de saúde dos países mais vulneráveis”, indica a organização católica.

A nota de imprensa alerta para as limitações impostas pelos direitos de Propriedade Intelectual sobre as vacinas contra a Covid-19, no combate à pandemia.

“A Cáritas defende a solidariedade global para ajudar os países menos desenvolvidos a enfrentar a pandemia, bem como a transferência do know-how tecnológico necessário para encorajar a produção local de vacinas sempre que possível. Caso contrário, a recuperação sustentável desta crise será impossível”, adverte a instituição.

O comunicado sublinha ainda o peso da dívida sobre os países menos desenvolvidos, pedindo “a criação de um processo sistemático e abrangente para a reestruturação da dívida soberana através das Nações Unidas”.

A ‘Caritas Internationalis’ é uma confederação de 162 membros que trabalham nas bases em 200 países e territórios, incluindo Portugal, cujo papel é” coordenar as operações de emergência, formular políticas de desenvolvimento e defender a justiça”.

OC

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