Francisco recebeu delegação de representantes da Federação Italiana, da Série A e das equipas da Fiorentina e do Nápoles
Cidade do Vaticano, 02 mai 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco recebeu hoje no Vaticano um grupo de representantes da Federação Italiana de Futebol, da Série A italiana e das equipas da Fiorentina e do Nápoles.
Durante a audiência, adianta a sala de imprensa da Santa Sé, o Papa argentino lembrou jogadores e dirigentes que o “futebol é um fenómeno social” que deve contar também “com a responsabilidade social” de todos, no sentido de contribuírem para ajudar as pessoas a redescobrirem a dimensão “festiva” daquele desporto.
“Hoje até o futebol é influenciado pelo mundo do negócio, da publicidade, da televisão, entre outros fatores, mas os factores económicos não podem sobrepor-se ao jogo em si, sob o risco de o contaminar, não só a nível internacional e nacional mas também no plano local”, alertou.
“É por isso essencial que haja uma reação decisiva nesta matéria, que restaure a dignidade desportiva dos eventos”, acrescentou o Papa.
Num encontro onde partilhou alguns dos “momentos mais efusivos” que viveu através do futebol, nomeadamente na sua juventude, o Papa Francisco apelou ainda aos jogadores para que tenham em atenção a forma como podem influenciar as novas gerações, enquanto figuras mediáticas e modelos de conduta.
“Tenham sempre presente que o vosso comportamento tem uma grande amplitude, tanto positiva como negativa. Sejam sempre verdadeiros desportistas”, apelou.
A ida de um grupo de jogadores e dirigentes da Fiorentina e do Nápoles ao Vaticano aconteceu dois dias antes da final da Taça de Itália, que vai ter precisamente como protagonistas estas duas equipas, no Estádio Olímpico de Roma.
Francisco concluiu a sua mensagem aos representantes da primeira divisão italiana de futebol enaltecendo o “grande papel” que este desporto pode ter, em áreas como o desenvolvimento pessoal e social ou da solidariedade e respeito entre pessoas e nações.
“Que o futebol nunca deixe de apostar neste potencial”, desafiou o Papa.
JCP