Fundação Gulbenkian apoia Arquivo Histórico da Diocese da Guarda

Marçal Grilo reconhece importância do trabalho que está a ser desenvolvido Elementos da Administração da Fundação Calouste Gulbenkian estiveram na quarta-feira, 7 de Janeiro, na cidade da Guarda, com o objectivo de acompanharem o processo de instalação do futuro Arquivo Histórico da Diocese da Guarda, instalado no edifício da Caritas Diocesana. Com o apoio financeiro da Fundação, a Diocese está a inventariar os milhares de processos históricos que possui, para que, mais tarde, os possa disponibilizar ao público e aos investigadores. Diogo de Lucena, administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, contou ao Jornal A Guarda que visitou pela segunda vez o andamento dos trabalhos e que ficou satisfeito com o serviço já realizado pela equipa coordenada pela técnica de arquivo Maria do Rosário. “Já tinha feito uma visita no início mas, agora, o trabalho está muito mais avançado. Está a avançar bem, parece-me que o trabalho está a ser bem feito e acho que o objectivo principal está a ser conseguido de uma forma que nos satisfaz”, afirmou. Marçal Grilo, também da administração da Fundação Calouste Gulbenkian, declarou que está a ser feito um grande trabalho com o objectivo de salvaguardar o fundo documental da Diocese, recordando que há dois anos, quando o processo foi iniciado, “o Arquivo estava numa situação de risco máximo”. “Está praticamente salvaguardado todo o Arquivo”, disse, apontando que estão a ser feitas operações de classificação, de limpeza, expurgo e de arrumação, antes da disponibilização dos documentos para consulta pública. “Acho que há muito material, algum que não se conheceria, que não se tinha a ideia que existia e que pode ter um certo significado para o estudo e para a pesquisa sobre a Diocese da Guarda”, referiu Marçal Grilo. Sobre a forma como o processo está a ser efectuado, o responsável admitiu que “haveria, do ponto de vista tecnológico, a possibilidade de fazer coisas muitíssimo mais avançadas, mas temos que trabalhar com os meios, os recursos humanos e financeiros que existem e que nos permitem salvaguardar este património que pertence à Diocese da Guarda mas, no fundo, pertence ao País”. O Bispo da Diocese da Guarda, D. Manuel da Rocha Felício, explicou que a Fundação Calouste Gulbenkian está a apoiar a constituição do Arquivo Histórico garantindo “o financiamento de dois funcionários”. “É isso que nos tem permitido fazer um volume de trabalho maior”, disse, sublinhando que os dirigentes da Fundação “estão contentes com o investimento que fizeram em nós”. O apoio ao projecto deve continuar até que todo o processo esteja concluído, pois como referiu Marçal Grilo “ainda há muito trabalho a fazer e não vamos deixar o trabalho a meio”. Já em relação à finalização do mesmo, o Bispo da Guarda disse que “ainda não temos tempos definidos para o trabalho chegar ao fim”, embora tenha admitido que “o trabalho está muito adiantado”. D. Manuel da Rocha Felício recordou que a Fundação Calouste Gulbenkian colabora com a Diocese desde a primeira hora, salientando que “o espaço já foi organizado de acordo com as orientações que nos deram em vindas anteriores”. “A forma de organizar o espaço, o tipo de equipamentos que devíamos usar para guardar o espólio e as fórmulas de informação que deviam estar em cada caixa, têm estado a ser observados como eles indicaram”, explicou.

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