Fundação do Vaticano alerta para a situação na África subsariana

A Fundação João Paulo II para o Sahel, do Vaticano, lançou um apelo em favor dos países da África subsariana, pedindo uma mobilização internacional na luta contra a fome. O Conselho de Administração da Fundação reuniu-se no passado fim-de-semana. Esta estrutura conta com nove bispos, em representação dos episcopados de nove países do Sahel. D. Karel Kasteel, secretário do Conselho Pontifício Cor Unum, defendeu que, no Sahel, a primeira necessidade é a “sobrevivência”. A fundação foi criada por João Paulo II para combater a desertificação no Sahel, localizado a sul do deserto do Sara, onde vivem mais de 30 milhões de pessoas. Ao constatar em sua primeira visita a Burkina Fasso, em 1980, o drama da desertificação, decidiu criar uma Fundação que servisse para que as populações subdesenvolvidas do Sahel possam sonhar com um futuro melhor. Quatro anos depois, a 22 de Fevereiro de 1984, tornava realidade o seu sonho criando a “Fundação João Paulo II para o Sahel” que tem por objectivo formar animadores, agentes sanitários, hidráulicos, talentos civis, mecânicos, agricultores, criadores de gado e silvicultores. Visto que a Fundação ajuda pessoas de diferentes religiões (em muitos dos países da zona, os católicos são pequenas minorias), o Papa polaco queria ao mesmo tempo que a Fundação fosse instrumento concreto de diálogo inter-religioso. Os países que recebem ajuda da Fundação são Burkina Fasso, Nigéria, Mali, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Mauritânia, Senegal, Gâmbia e Chade.

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