Fundação AIS ajuda mais de 14 mil seminaristas

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) acaba de lançar um relatório sobre o auxílio que oferece a quase 15 mil seminaristas em todo o mundo, um dos campos em que a acção da organização católica internacional mais se faz sentir.

"Muitos seminários debatem-se com problemas de subsistência. A miséria é grande! Sem a sua ajuda, muitos pedidos de Deus ficariam sem resposta, muitos confessionários ficariam vazios, não haveria missa, nem Igreja", pode ler-se no documento.

O apoio que a Fundação destina aos que se encontram em formação para o sacerdócio vai da Albânia ao Zimbabué, da Colômbia à Papua Nova Guiné, graças à preocupação e generosidade dos seus benfeitores. O destino das ajudas foi sobretudo a Europa de Leste (7932) e a América Latina (5028).

Sudão

O relatório da AIS apresenta, entre outros casos, o do Seminário de Cartum, no Sudão. Na formação dos 62 alunos que actualmente frequentam o seminário de filosofia de S. Paulo, a ênfase é dada não só às disciplinas de teologia clássica, mas também ao seu desenvolvimento espiritual. No momento em que iniciam os estudos de filosofia, os seminaristas já completaram um ano de formação espiritual. Outra vertente igualmente importante da sua formação é a área pastoral. No terceiro ano de estudos, os seminaristas são colocados numa das dez paróquias das redondezas, onde ajudam os sacerdotes. Aí, dirigem grupos de estudo da Bíblia, dão aulas de catequese e de Inglês, e orientam a liturgia da Palavra.

Peru

Antigamente, nalguns seminários do Peru, eram ordenados cerca de 60% dos seminaristas do primeiro ano do curso; hoje são 90%. "Precisamos de padres bons, sólidos", diz o Bispo D. Hector, pois a sociedade mudou: "como após um terramoto, abundam os destroços espirituais". Segundo este bispo, é de forma diferente que o padre hoje tem que "ser sal da terra, enfrentar os desafios da sociedade e transformá-la – com o amor de Cristo". Para isso, pede ajuda para a formação de jovens, aquisição de livros e construção de seminários com segurança anti-sísmica mínima.

Cuba e comunismo

Durante o Verão, todo o pessoal do Seminário Maior de La Habana, padres formadores e seminaristas, rezarão diariamente pelos benfeitores portugueses da Fundação AIS, tendo sido mesmo composta uma oração especial para o efeito.

"Cada um de nós é convidado a participar através da oração por esses seminaristas, enviando também as sua intenções particulares. Colabore na construção desta ponte espiritual. Todos nós somos irmãos da mesma Igreja que encontra consolação na oração", destaca a secção nacional da AIS. Para este ano lectivo, a Fundação aprovou uma ajuda à formação num total de 28 mil Euros.

O Seminário de S. Carlos e S. Ambrósio tem uma longa tradição: desde 1774 tem sido testemunha das vicissitudes da história do país e das suas turmas saíram grandes figuras. Actualmente, este seminário interdiocesano é o único que oferece formação teológica aos futuros sacerdotes das onze dioceses de Cuba.

"Talvez este seminário seja agora mais importante do que nunca para o futuro da Igreja e do país neste século: há várias gerações que os jovens são educados no espírito das ideologias comunistas que, com frequência, carecem dos fundamentos morais mais elementares", aponta o relatório.

Os efeitos deste tipo de regimes são ainda abordados pela AIS na pequena biografia «Jerzy Popieluszko. Vítima do Comunismo», – com o valor promocional de € 2,00 – que em pleno Ano Sacerdotal conta a história deste padre polaco que morreu nas mãos do regime comunista.

Numa época em que o Comunismo consolidava o seu poder vitorioso sobre a Polónia, em 1947, Jerzy Popieluszko nascia numa família de camponeses. Cerca de quarenta anos depois, quando o comunismo europeu começava a desagregar-se, o seu corpo mutilado foi lançado ao rio Wisla.

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