Funchal viveu «Procissão do Encontro»

A Procissão do Encontro realizada este DOmingo à tarde, entre a Igreja do Colégio e a Sé do Funchal, registou grande participação de pessoas. No adro da Catedral, perante as imagem do Senhor dos Passos, o Pe. Marcos Gonçalves, Reitor da Igreja do Colégio, proferiu o “Sermão do Encontro”. Reflectindo sobre aquele momento sublinhou que “contemplando o Senhor com a Sua pesada Cruz temos a certeza que o pecado faz-nos mal, tira-nos a paz e a alegria, separa-nos da vida, e faz secar dentro de nós a fonte da liberdade e da dignidade. Olhar para vós, Senhor, é perceber que o pecado pesa, destrói, impede-nos de caminhar, de ousar ir mais longe. E o Senhor caminha, carregando a pesada cruz. Somos nós, Senhor, a vossa cruz, com os nossos pecados com as nossas fragilidades, com o nosso orgulho”. “E o Senhor caminha com a cruz aos ombros e reage ao nosso orgulho com humildade, reage à nossa violência com mansidão reage ao nosso ódio com amor que perdoa. Ele toma a cruz aos ombros, convida-nos a olhar e desafia-nos a amar”. Perante a imagem de Nossa Senhora das Dores, saída do interior da Sé, aquele sacerdote fez uma reflexão sobre o encontro de Maria com o seu Filho, dizendo que “os dois olhares cruzam-se, dois corações esmagados de dor. Um instante e o mundo parou a contemplar no silêncio. Foi tudo por nosso amor”. “Maria tu conheces a dor mas acreditas, tu conheces o abandono mas acreditas, roga por nós, Maria, olha pelas mães que choram pelos seus filhos, tantas mães desesperadas que não sabem como educar, como tratar, como fazer crescer os seus filhos, tantas mães que vivem abandonadas, desprezadas pelos seus filhos. Roga por nós, Senhora e pelas mães. Caminhemos com Maria e com Jesus rumo à alegria da Páscoa que não tem fim”. Depois a procissão dirigiu-se da Sé para a Igreja do Colégio onde foi celebrada a Eucaristia presidida por D. António Carrilho, que na homilia fez uma catequese a propósito do encontro entre Jesus e Sua Mãe, sublinhando a importância da realização daquela procissão. Falando para uma vasta assembleia que enchia por completo aquela igreja, o prelado funchalense salientou que na vida de muitas pessoas há problemas que não se resolvem porque elas não têm “o coração renovado e nem têm uma consciência viva das suas responsabilidades e deveres. É por isso que logo no início da Quaresma a Igreja convida-nos à conversão e em muitos tempos somos convidados a olhar para a nossa vida e ver o que terá de mudar, para tornar o nosso coração mais ao jeito de Jesus”. D. António Carrilho fez um apelo à renovação interior de cada cristão, que, disse, deve criar exigência à sua consciência e acrescentou “quantos dos problemas da vida quotidiana, teriam uma resolução mais fácil se houvesse mais renovação interior da pessoa para poder transformar as instituições, indo ao encontro uns dos outros, dando as mãos, ajudando a resolver esses problemas. Peçamos ao Senhor que nos ajude a ver com clareza o caminho a seguir. Precisamos de parar para rezar, para nos fortalecer e acolhermos aquela força que nos faz seguir o caminho de Deus”. A finalizar a sua homilia desejou que a procissão e a Eucaristia fossem “força para a caminhada da vida de cada um de nós”.

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