Funchal: Procissão dos Passos marcada pelo sofrimento humano

Lisboa, 28 Mar (Ecclesia) – A relevância do sofrimento na existência humana marcou os sermões da “Procissão dos Passos” que decorreu este domingo no Funchal, na qual participaram centenas de fiéis, revela o Jornal da Madeira.

“Aquilo que é aspiração, dificuldade, luta, problema” pode ser melhor acolhido “se houver a fé que garante uma esperança forte”, afirmou o bispo do Funchal na missa que concluiu o cortejo.

Na eucaristia celebrada na igreja do Colégio, D. António Carrilho disse que “para quem crê, o mistério do sofrimento é mais uma oportunidade de meditação para a nossa vida de todos os dias”.

A procissão dos Passos, tradição que se mantém em muitas paróquias portuguesas, evoca o trajecto de Jesus desde a condenação à pena capital até à morte por crucifixão, sendo marcada pelo encontro com a sua mãe, que, segundo a tradição, ocorreu durante a subida até ao Calvário, local onde foi executado.

No sermão que proferiu aquando da reunião entre as imagens de Jesus crucificado e da ‘Senhora das Dores’, o reitor da igreja do Colégio, padre Marco Gonçalves, salientou que “o amor sem limites” simbolizado pela cruz é “a fonte da graça, da liberdade e da salvação”.

O sacerdote dirigiu uma prece “pelas mães que choram pelos seus filhos, tantas mães desesperadas que não sabem como educar, como tratar, (…) tantas mães que vivem abandonadas”.

O percurso da procissão, que percorreu as ruas entre a sé e a igreja do Colégio, contou com a participação de confrarias, escuteiros, grupos de jovens e a Banda Distrital do Funchal.

RM

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