Funchal: Jornada Diocesana do Apostolado dos Leigos deixa desafio a «dar nome aos anseios» e a viver a santidade no mundo

D. Nuno Brás destaca importância de encontro concreto com Jesus

Foto: Jornal da Madeira/Duarte Gomes

Funchal, Madeira 01 dez 2025 (Ecclesia) – O bispo do Funchal afirmou este sábado, na Jornada Diocesana do Apostolado dos Leigos, que o ser cristão nasce de um encontro com Jesus Cristo e não de uma “ideia”.

Durante a sessão de abertura no Colégio de Santa Teresinha, D. Nuno Brás saudou a grande participação no regresso ao formato de dia inteiro, sublinhando que esta é uma “jornada de formação do nosso laicado”.

Citando a encíclica ‘Deus caritas est’, de Bento XVI, o responsável diocesano recordou que “no início do ser cristão não está uma grande ideia ou uma decisão ética, mas o encontro com uma pessoa que dá à vida um novo sentido”.

“Espero que seja, de facto, uma jornada em que as pessoas cresçam na fé, cresçam na compreensão da fé e na vivência da fé também”, desejou D. Nuno Brás, frisando a importância da partilha comunitária.

O teólogo António Pedro Barreiro, orador convidado para desenvolver o tema ‘Igreja, comunhão e participação’, focou a sua intervenção na necessidade de despertar as consciências.

“Temos que começar por ajudar as pessoas a fazer perguntas… a dar nome aos anseios que têm e que muitas vezes se esqueceram que têm”, afirmou, apontando as distrações e o barulho como obstáculos às questões essenciais sobre o sentido da vida e a relação com Deus.

Segundo o ‘Jornal da Madeira’, da Diocese do Funchal, o orador destacou a “vocação específica” dos leigos, recusando a definição de “não-padre” e lembrando o apelo universal à santidade do Concílio Vaticano II.

“Há sítios onde os padres não chegam e onde só os leigos podem testemunhar Cristo”, sustentou, referindo-se a áreas como a família, a política e a cultura.

António Pedro Barreiro explorou a ligação entre a Eucaristia e a comunhão fraterna, desafiando os presentes a olharem para cada pessoa “como Jesus a vê”, mesmo nas relações difíceis.

“Todos somos indispensáveis. O testemunho que eu dou ninguém pode dar por mim”, concluiu.

OC

 

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