Funchal: «Jesus continua a ser levado pouco a sério», afirmou D. Nuno Brás

Celebração do Domingo de Ramos iniciou com a bênção dos ramos na Igreja do Colégio

Foto: Jornal da Madeira/Duarte Gomes

Funchal, 10 abr 2022 (Ecclesia) – O bispo do Funchal afirmou na homilia da Missa do Domingo de Ramos que a cruz é “caminho de vida” e disse “Jesus continua a ser levado pouco a sério”.

“Hoje, Jesus continua a ser levado pouco a sério. Continua a ser levado pouco a sério por nós, que queremos ser seus discípulos e que, tantas vezes, nos perdemos em discussões acerca de quem é o maior, incapazes de O acompanhar, deixando-nos invadir pelo sono do nosso modo de viver”, afirmou D. Nuno Brás.

A celebração do Domingo de Ramos iniciou com a bênção dos ramos na Igreja do Colégio, onde iniciou a procissão até à Sé diocesana.

Referindo-se ao relato da paixão de Jesus, lido na Eucaristia a partir do Evangelho de São Lucas, o bispo do Funchal disse que Cristo “continua a ser olhado como insignificante pela multidão”, tomando-O como “um homem bom, perdido no tempo de um mundo distante”, que “não foi capaz de se salvar a si mesmo, e não deve, por isso, ser capaz de resolver” os problemas da humanidade.

“Continuamos a pensar que só aquele que, egoisticamente, for capaz de pensar primeiro em si mesmo, pode ter alguma credibilidade para salvar os outros! Como é grande o contraste entre este critério tão comum (e tão nosso!) e a atitude de Jesus!”, afirmou.

D. Nuno Brás recordou que, em Jesus, “nada do que é humano, ficou sem ter sido assumido por Deus”, que “viveu o mais baixo da condição humana” ao morrer numa cruz.

“A salvação consiste precisamente nisso: Deus vive a nossa morte — a de todos os dias e aquela final, definitiva, que aniquila a nossa carne — para nos oferecer, em troca, a sua vida, a vida eterna, a vida verdadeiramente feliz”, afirmou.

No início da Semana Santa, a “Semana Maior”, D. Nuno Brás convidou a olhar para a cruz não como “sinal de derrota e de morte, mas “sinal de vida gloriosa” e, por isso, “caminho de vida”.

“Tomemos Jesus a sério. Peçamos ao Senhor que nos dê a graça de fazermos nossa a sua cruz. De a vivermos no nosso quotidiano. E de, como Ele, nos esquecermos de nós, para O ajudarmos na salvação de todos”, concluiu.

D. Nuno Brás preside às celebrações do Tríduo Pascal, na Sé, com transmissão no Posto Emissor do Funchal e no Facebook: A Missa da Ceia do Senhor na Quinta-feira Santa, às 17h30, a Celebração da Paixão na Sexta-feira Santa, também às 17h30, a Vigília Pascal no Sábado, às 21h30, e a Missa do Domingo de Páscoa, às 11h00.

PR

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Agência ECCLESIA

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