A igreja paroquial de Machico encheu-se de crismandos, este Domingo, num total de 112 pessoas, sendo 49 adultos e 63 jovens, provenientes também da paróquia da Ribeira Seca.
A celebração foi presidida pelo Bispo do Funchal e contou ainda com a presença dos cónegos Manuel Martins (pároco de Machico e da Ribeira Seca) e Carlos Duarte Nunes.
A cerimónia foi caracterizada por D. António Carrilho “como uma festa realmente eclesial, uma festa da vida cristã e do compromisso dos jovens, uma festa da renovação da comunidade.”
Na sua mensagem realçou o “espírito de comunhão na Igreja”, em que nenhum baptizado pode deixar de ocupar o seu lugar, e apelou aos jovens para que se constituam em grupo, no sentido de assumirem maior “compromisso” e “renovação” na sua comunidade.
“Costumo dizer que todos os baptizados têm um lugar marcado na Igreja. Se não participam o seu lugar está vago e a Igreja é comunidade que conta com todos, desde os mais pequeninos até aos mais velhos”, sublinhou D. António Carrilho.
Nestas circunstâncias, “os jovens têm uma responsabilidade particular e estou satisfeito por esta bela celebração do Crisma que inspira uma confiança em termos de conhecimentos, de experiência de fé (com um itinerário de dez anos de catequese) e em que houve a preocupação de lhes abrir caminhos para o compromisso na linha da renovação da comunidade”, disse no final, ao “Jornal da Madeira”.
Questionado sobre se sentia dinamização pastoral em Machico com a vinda do novo pároco (em Outubro passado, após a morte do Pe. Martinho, verificada precisamente há um ano), o Bispo do Funchal não tem dúvidas: “a vinda do cónego Manuel Martins trouxe, sem dúvida, não só pela sua juventude, como também pelo seu empenho apostólico, um espírito de renovação importante. Sente-se que se vai caminhando”, afirmou ao JM. “É óbvio que nada se faz num dia, toda uma transformação da comunidade opera-se em participação e corresponsabilidade e leva o seu tempo.”
“A minha alegria é verificar que há uma aposta, há de facto um empenhamento e que os frutos estão à vista, vêem-se no rosto das pessoas e na disponibilidade de muitas; temos aqui a prova de que estamos num caminho de renovação”, acrescentou.
Quanto aos jovens, voltou a reafirmar a necessidade de continuarem “a aprofundar a fé e a abrir caminhos de acção dentro e fora da Igreja, na acção social, de serviço à comunidade, mas sempre com corações renovados.”
“Falamos muito de solidariedade, mas temos que falar também da verdade, justiça, honestidade, do amor que se constrói realmente e na caridade efectiva”, apontou.