A fé e a devoção do povo a Santa Rita, invocada nos casos mais difíceis da vida, ficou, de novo, bem patente, na tarde de Domingo na festa litúrgica em sua honra na igreja da Vitória-Santa Rita e na procissão que percorreu diversas ruas daquela localidade. Milhares de pessoas das mais diversas idades, muitas delas transportando círios e ex-votos o que significa que as graças pedidas a Santa Rita foram alcançadas, elementos dos diversos grupos paroquiais e crianças da Primeira Comunhão participaram na procissão que constituiu uma grande manifestação de fé. D. António Carrilho, que presidiu àquela festa, apresentou Santa Rita como exemplo de fé para os cristãos de todos os tempos, recordando que ela foi um modelo para as famílias, como esposa, mãe, viúva e também como religiosa. E colocou uma questão ao numeroso grupo de peregrinos que enchia a igreja da Vitória: “como é que se exprime a nossa fé na vida diária? Sei que não falta nos peregrinos este sentido de fé bem expressa nas promessas, nas ofertas colocadas sobre a imagem e na participação na procissão. Mas quando é que se manifesta a nossa fé? Será só nas ocasiões em que surgem os problemas é que apelamos aos santos para nos socorrer? Será que a nossa fé apenas nos anima nessas ocasiões ou no nosso dia-a- dia, mesmo quando tudo nos corre bem? A fé ajuda-nos a viver saboreando os momentos de alegria e dá-nos força e capacidade para vi-ver o nosso quotidiano, com cada um de nós a assumir e a oferecer a Deus as lutas e as dificuldades da vida como sucedeu com Santa Rita”. Outro aspecto que D. António Carrilho salientou foi o da oração apelando a uma maior participação dos fiéis na missa de Domingo, que como disse “é o fundamental da nossa fé”. Em referência à vida de Santa Rita, o prelado funchalense recordou ainda o aspecto caritativo daquela santa sublinhando que “há muita coisa que nos parece impossível mas que podemos fazer. Por vezes surgem milagres da caridade quando existe generosidade para a exercer. Podemos fazer muitas coisas quando temos um coração capaz de amar a todos.” A Eucaristia que foi concelebrada pelo cónego Carlos Duarte e Pe. Johnny Sé Aguiar, responsável por aquela paróquia que no início da cerimónia litúrgica saudou D. António Carrilho manifestando a gratidão e a alegria da comunidade paroquial por o prelado funchalense ter acedido ao convite para presidir àquela festa.