Funchal: Diocese publica indicações para a Missa do Corpo de Deus, na Sé

D. Nuno Brás preside à Eucaristia, com pequena procissão junto à Catedral

Foto: Jornal da Madeira/Duarte Gomes

Funchal, Madeira, 01 jun 2021 (Ecclesia) – O bispo do Funchal vai presidir à Missa da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, o Corpo de Deus, às 16h00, desta quinta-feira, na Sé diocesana.

“Somos sempre todos convidados a celebrar e adorar Jesus presente na Eucaristia, mas de uma forma especial no dia da solenidade do Corpo de Deus”, assinala uma nota divulgada pelo vigário-geral da diocese madeirense.

Na informação publicada online, o cónego Fiel de Sousa sublinha que este ano será impossível celebrar o Corpo de Deus da forma “tão especial e característica do povo madeirense e porto-santense”, as ilhas do Santíssimo Sacramento, por causa da pandemia de Covid-19.

“Não haverá a grandiosa manifestação de fé pelas ruas da nossa cidade, com o tradicional tapete de flores. Realizar-se-á uma pequena procissão, nalgumas ruas junto à Sé, com um número reduzido de participantes”, acrescenta.

Os sacerdotes, seminaristas, acólitos e participantes com funções específicas na Missa devem entrar pela porta junto da Sacristia e os outros convidados pela entrada principal do adro da Sé.

A diocese informa que os representantes das paróquias – irmão ou irmã do Santíssimo Sacramento ou outro elemento -, devem apresentar “um pequeno cartão identificativo”, na porta da Sé, bem como os convidados dos Institutos Religiosos de Vida Consagrada, Secular, Sociedades de Vida Apostólica, secretariados e movimentos e obras laicais.

A Missa presidida pelo bispo do Funchal é precedida pela Adoração ao Santíssimo, entre as 13h00 e as 15h00, na igreja no Colégio, lê-se nas “indicações para a Missa Solene da Festa do Corpo de Deus”.

A solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, celebra-se no 60.° dia após a Páscoa, uma quinta-feira, ligando-se assim à Última Ceia; na Itália, contudo, por não ser feriado civil, celebra-se no domingo seguinte.

Esta festa litúrgica começou a ser celebrada há mais de sete séculos e meio, em 1246, na cidade de Liège, na atual Bélgica, tendo sido alargada à Igreja latina pelo Papa Urbano IV através da bula “Transiturus”, em 1264, dotando-a de missa e ofício próprios.

Na origem, a solenidade constituía uma resposta aos que colocavam em causa a presença real de Cristo na Eucaristia, tendo-se afirmado também como o coroamento de um movimento de devoção ao Santíssimo Sacramento; teria chegado a Portugal provavelmente nos finais do século XIII e tomou a denominação de festa de Corpo de Deus.

Só durante a Idade Média se regista, no Ocidente, um culto dirigido mais deliberadamente à presença eucarística, dando maior relevo à adoração; no século XII é introduzido um novo rito na celebração da Missa: a elevação da hóstia consagrada, no momento da consagração.

No século XIII, a adoração da hóstia desenvolve-se fora da Missa e aumenta a afluência popular à procissão do Santíssimo Sacramento.

A “comemoração mais célebre e solene do Sacramento memorial da Missa” (Urbano IV) recebeu várias denominações ao longo dos séculos.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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