Bispo diocesano evocou momentos de desânimo e desespero vividos pelos discípulos

Funchal, Madeira, 20 abr 2025 (Ecclesia) – O bispo do Funchal apresentou hoje a ressurreição de Jesus como uma referência de “esperança” para a vida de todos.
“A morte de Jesus não fora o fim, mas a passagem para um novo princípio, uma nova criação. Jesus não tinha sido vencido pela morte. Ao contrário: vencera a morte! Um rombo enorme tinha sido aberto na muralha da morte que, desde sempre, cercava e limitava a humanidade”, referiu D. Nuno Brás, na homilia da Missa a que presidiu na Sé diocesana.
O texto, enviado à Agência ECCLESIA, apresenta Cristo como “Deus feito Homem, para dar a todos a possibilidade de passar, de fazer Páscoa, de viver uma vida não já determinada e limitada pela morte, mas com a certeza, a âncora esperança da vida eterna, no mar da incerteza”.
O responsável católico recordou que, perante a morte de Jesus, “o desespero e o desânimo” tinham tomado conta da vida dos discípulos.
“Uma pesada pedra foi rolada sobre o sepulcro. Nem tiveram tempo para completar os ritos. Contudo, o mais importante era que o assunto estava encerrado”, observou.
O bispo do Funchal realçou que foram as mulheres a voltar ao sepulcro, que encontraram vazio, indo anunciar essa notícia aos apóstolos.
São João, que com São Pedro correu ao sepulcro, “viu e acreditou”, entendendo “a esperança duma nova realidade – uma realidade bem mais real que aquela antes vivida – estava diante dos seus olhos”.
Naquele momento, a sua vida deixou de ser simplesmente conduzida por quanto já tinha vivido, pelas conquistas que tinha realizado no passado. E era bem mais que o momento presente: do futuro, surgia uma certeza única, uma realidade maior onde firmar a sua existência, os seus dias, as suas escolhas, a sua liberdade. Podia caminhar com segurança e com determinação ao seu encontro”.
No Domingo de Páscoa, dia da festa mais importante para a Igreja Católica, que assinala a ressurreição de Jesus, o bispo do Funchal deixou saudações em várias línguas aos estrangeiros e turistas que acompanharam a celebração, na Catedral madeirense.
OC