Funchal: D. Nuno Brás apela à santidade dos «homens frágeis e pecadores»

Sé despediu-se das relíquias de São Tiago Menor que vão percorrer comunidades assinalando os 500 anos da escolha como padroeiro da cidade e Diocese

Foto: Diocese do Funchal

Funchal, 06 nov 2021 (Ecclesia) – D. Nuno Brás desafiou hoje à santidade, indicando que os “apóstolos, santos e mártires” eram “homens de carne e osso, frágeis e pecadores”.

“Esta pequena porção do fémur de S. Tiago, pequeno osso, mortal e frágil, vem mostrar-nos, antes de mais, que os Apóstolos, os Santos, os Mártires eram (e são) homens e mulheres como nós: de carne e osso; frágeis; pecadores”, afirmou o bispo do Funchal, na homilia enviada à Agência ECCLESIA, durante a cerimónia que marcou a despedida das relíquias de São Tiago Menor da Sé, onde chegaram a 17 de outubro.

“O primeiro e grande apelo que a relíquia de S. Tiago Menor nos faz é ainda hoje, dois mil anos depois, ela diz-nos que é possível ser santo; é possível viver como santo; é possível ser presença de Deus neste nosso mundo e, assim, transformá-lo, torná-lo mais humano porque mais divino”, acrescentou durante a homilia da celebração.

A relíquia de São Tiago menor, padroeiro da diocese do Funchal, peregrinou pelas “comunidades, paróquias e arciprestados”, assinalando os 500 anos da escolha do Apóstolo São Tiago Menor como padroeiro da cidade e Diocese.

“Há 500 anos, os nossos antepassados confiaram-se nas mãos do Apóstolo mártir, irmão do Senhor, primeiro Bispo de Jerusalém, conhecido entre os seus com o cognome de «o Justo». A figura de S. Tiago Menor foi muitas vezes idealizada e, como a de tantos outros santos, apresentada de tal modo que quase nos parece impossível viver segundo o seu exemplo”, reconheceu D. Nuno Brás.

Na homilia que analisou, segundo a tradição, a oferta de uma viúva das únicas duas moedas que possuía, o bispo do Funchal sublinhou que, “aos olhos de Deus”, o valor de qualquer oferta, é entendido de acordo “com a dádiva da própria pessoa”.

“Como as duas pequenas moedas da viúva — insignificantes aos olhos do mundo, dos ricos e poderosos. E sabemos como os santos que, porventura, nasceram em berço de oiro, ou foram sábios ou poderosos, tudo isso entregaram no serviço de Deus e dos irmãos. Que o mesmo é dizer: tornaram-se pobres, deram-se, entregaram-se totalmente. Deram tudo o que tinham: deram-se a si mesmos, como Cristo”, finalizou.

LS

Corrigido a 08.11.2015

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Agência ECCLESIA

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