Funchal: Conferência sobre duas religiosas presas aquando da implantação da República

A igreja do Colégio, no Funchal, vai acolher, hoje (dia 14 de Outubro), uma conferência sobre duas religiosas da diocese madeirense que há cem anos, a 13 e a 14 de Outubro, foram presas no Palácio de S. Lourenço, aquando da implantação da República, em 1910.

A conferência será proferida por Duarte Barcelos Mendonça, investigador da Cultura e da História madeirenses, e tem como tema: “Madre Wilson e Madre Virgínia – duas vidas cruzadas com os primeiros passos da República na Madeira”.

O facto histórico diz que Madre Virgínia Brites da Paixão, religiosa da Ordem de Santa Clara e última Abadessa do Convento das Mercês, foi detida no dia 13 de Outubro, tendo sido depois obrigada a viver em casa de familiares (em Santo António), até à sua morte, em Janeiro de 1929.

Por seu lado, a prisão de Madre Mary Wilson deu-se a 14 de Outubro de 1910, “foi escoltada até à fortaleza de São Lourenço, com algumas das suas companheiras, onde ficou detida até que passasse o próximo vapor para Inglaterra, para onde foi obrigada a exilar-se”, por ser estrangeira. Regressaria no ano seguinte (Novembro de 1911)  e ali faleceu, em 1916, no Convento de São Bernardino (Câmara de Lobos).

Ambas as religiosas têm já iniciados os processos devidos para a sua beatificação.

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