Funchal: CNE deve ser prioridade

O Bispo do Funchal considera que a Junta Regional do CNE — Corpo Nacional de Escutas (Escutismo Católico Português) deve ser uma prioridade no âmbito das acções diocesanas e paroquiais, dada a sua importância como movimento comunitário que abrange a faixa etária juvenil. D. António Carrilho apelou, ontem, para que ao nível da Diocese e das paróquias haja uma maior atenção relativamente aos agrupamentos do CNE — Corpo Nacional de Escutas. O apelo foi deixado, ontem, no âmbito de um encontro com os responsáveis da Junta Regional do CNE, no qual tomaram parte os assistentes espirituais dos agrupamentos. À saída da reunião, o Bispo do Funchal disse ao JM que a dificuldade com que os agrupamentos se deparam é a falta de adultos disponíveis para os lugares de chefia tendo reiterado que “não podemos pôr à frente das actividades juvenis pessoas que não tenham uma formação básica e cristã”. De acordo com o chefe da Igreja madeirense, muitas destas pessoas estão comprometidas na catequese, nos grupos corais e noutras actividades e, por isso, nem sempre se disponibilizam porque têm dificuldades em conjugar as várias actividades apostólicas. O Bispo do Funchal apontou que os sacerdotes têm um papel fundamental como assistentes, quer seja neste ou noutros movimentos. No que diz respeito ao CNE referiu que é um movimento muito específico porque “tem muitas actividades e contacto com a natureza, não é tanto de conferências mas é mais de pedagogia activa”. Reiterou, por isso, que é importante que os sacerdotes, como assistentes tenham consciência destas diferenças, para poderem dar ao movimento o que lhes compete dar. Por outro lado, disse que é importante que o Conselho dos Assistentes (conjunto dos sacerdotes) faça uma caminhada em conjunto para que a partilha dos problemas e das dificuldades ajudem a encontrar soluções. O chefe regional do CNE, Carlos Gonçalves mostrou-se igualmente satisfeito com o encontro, o qual considerou de “histórico”. Escuteiro há quase 40 anos, confessou que, desde que se lembra, esta foi a primeira vez que houve uma reunião com os assistentes dos vários agrupamentos e outros padres interessados em ter escutismo nas suas paróquias, bem como o senhor Bispo. De maneira que não se conteve e exclamou: “Temos o melhor Bispo que já alguma vez a Madeira teve para o escutismo, porque tem um carinho especial pelo movimento e conhecimentos sobre o escutismo”. Nesta reunião estiveram presentes 12 assistentes dos 16 agrupamentos que existem na RAM. O CNE pretende reforçar e melhorar as práticas escutistas nos actuais agrupamentos com o apoio dos assistentes e aumentar o número de agrupamentos.

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