Os Bispos portugueses estão de acordo quanto ao itinerário de 10 anos de Catequese para a formação cristã dos jovens e adolescentes. A medida tem a ver com as próprias exigências do nosso tempo, em termos de maturidade e de aprofundamento, e foi lembrada ontem pelo Bispo do Funchal durante a celebração de Crismas em Santa Maria Maior e na Lombada.
Os tempos são outros e a Igreja tem a preocupação de acompanhar as novas realidades. Do mesmo modo que para a escolaridade obrigatória se exigem mais anos, para um "maior crescimento cultural e educativo", assim também se exige para a formação cristã "uma caminhada de 10 anos". Neste caso, a questão fundamental coloca-se ao nível dos conhecimentos necessários para um "maior compromisso cristão e testemunho da fé", disse D. António Carrilho.
O prelado falava às dezenas de crismandos das comunidades paroquiais de Santa Maria Maior e da Lombada, lembrando que "a caminhada da catequese que desejamos deve ser cada vez mais séria e exigente", porque "os tempos mudaram e as exigências da vida e da cultura implicam mais conhecimentos, mais maturidade", explicou.
A decisão para haver 10 anos de catequese foi tomada pelo episcopado português para vigorar em todas as comunidades, lembrou o Bispo do Funchal que apelou ainda aos fiéis para que cumpram esta medida Não é uma decisão dos "senhores padres, em que cada um possa decidir à sua maneira, mas trata-se de um projecto de toda a Igreja em Portugal".
A formação cristã no mundo actual assim o exige, para sermos "firmes na fé, darmos testemunho da nossa crença com coragem, respondabilidade e compromisso, respeitando os que pensam de maneira diferente, mas também exigindo que respeitem a nossa prática religiosa", disse D. António Carrilho aos crismandos neste
domingo, em Santa Maria Maior e na Lombada (Santa Cruz), onde foi recebido com entusiasmo pelas comunidades e respectivos párocos, Pe. Rafael Andrade e Cónego Agostinho Carvalho.