«A vida consagrada tem, no seio deste povo peregrino e no seio da história, a missão de a todos despertar para Deus» – D. Nuno Brás
Funchal, Madeira, 03 fev 2022 (Ecclesia) – O bispo do Funchal pediu aos membros das diferentes famílias religiosas presentes na diocese que ajudem os batizados “com o testemunho”, com a sua vida pessoal e comunitária.
“Caminhando sinodalmente com toda a Igreja a vida consagrada tem, no seio deste povo peregrino e no seio da história, a missão de a todos despertar para Deus, para a sua plenitude, para o horizonte da eternidade, para aquelas realidades que constituem a meta do nosso caminhar comum”, afirmou D. Nuno Brás, esta quarta-feira, informa o ‘Jornal da Madeira’.
Segundo o bispo do Funchal, os batizados pedem aos membros das diferentes famílias religiosas que vivem no arquipélago da Madeira que os ajudem, “em cada dia, a ser cada vez mais e sempre ‘de Deus’.
“Ajudai-nos com a vossa vida pessoal e comunitária; Com o testemunho, também exterior e visível, da vossa consagração, da vossa entrega total ao Senhor. Ajudai-nos mostrando Deus presente, ao nosso lado, a caminhar connosco”, desenvolveu, na Missa a que presidiu na Sé do Funchal.
D. Nuno Brás explicou que a Vida Consagrada “deve impedir” que a Igreja se torne, como “gosta” de dizer o Papa Francisco, “numa ‘ONG piedosa’”, e agradeceu “a presença, o trabalho” e o caminho que realizam em conjunto.
No Dia Mundial da Vida Consagrada, o responsável católico explicou que a “entrega total de um cristão nas mãos de Deus”, vivida no seio de uma comunidade religiosa, constitui sempre um “acontecimento significativo não somente para o próprio como também para toda a Igreja de Deus”.
O bispo diocesano explicou também, no contexto da celebração litúrgica da Apresentação do Senhor no Templo, que Jesus “é o verdadeiro vértice da história da salvação”, nele “se reúne, se resume e concentra, se expressa” a vida de todos os crentes do mundo inteiro, “de todos os tempos”.
O responsável católico afirmou que “Deus jamais abandona o seu povo”, mesmo que hoje exista o “sentimento de que Deus abandonou a sua Igreja”, porque se vê “tantos sofrimentos e pecados, seja porque o próprio Deus parece sofrer constantes derrotas”.
“Mas essa perceção de abandono da Igreja por parte de Deus não será antes fruto da nossa atitude de querermos fazer e pensar tudo (mesmo nós que nos dizemos cristãos) sem Deus e à margem da sua vontade?”, perguntou.
O ‘Jornal da Madeira’ indica que nesta celebração, concelebrada por D. António Carrilho, bispo emérito do Funchal, foram lembradas as consagradas que celebram datas jubilares, em 2022: seis religiosas comemoram 50 anos de consagração, duas assinalam 60 anos de profissão religiosa, e uma freira 75 anos de consagração.
CB/OC