Funchal, Madeira, 21 out 2015 (Ecclesia) – O bispo do Funchal presidiu à Eucaristia de abertura do centenário da morte da irmã Mary Jane Wilson e disse que a diocese pretende “avivar” o seu espírito de “serviço fraterno, na atenção aos mais carenciados”.
“Para a irmã Wilson os pobres a quem procurava ajudar, em vista da sua promoção humana e espiritual, eram todos os necessitados, fosse ‘de pão ou de cultura, de amor ou de saúde, de justiça, de fé ou de esperança’”, referiu D. António Carrilho.
Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, assinalou que a Eucaristia festiva celebrada no Dia Mundial das Missões era uma “ocasião oportuna para proclamar, em louvor e ação de graças” e recordou excertos do Decreto da Congregação das Causas dos Santos aquando do reconhecendo as virtudes heroicas da religiosa.
Na congregação, irmã Mary Jane Wilson adotou o nome de irmã Maria de São Francisco e o prelado recordou o seu serviço e “atenção aos mais carenciados que brilhou o testemunho da vida e obra”.
“A exemplo da irmã Wilson, vivamos o dinamismo da fé e sejamos testemunhas autênticas da presença do Espírito de Deus, neste nosso mundo, que deseja encontrar na Igreja a beleza do Evangelho e a resposta às suas justas inquietações e esperanças”, incentivou o bispo do Funchal.
D. António Carrilho destacou que a religiosa nascida na Índia era conhecida na Madeira como “Boa Mãe” e queria fazer chegar a “sua voz e o seu testemunho bem mais longe”.
Atualmente as Irmãs da Congregação nas Missões estão a trabalhar em 11 países de quatro continentes: Itália, Inglaterra, Tanzânia, Angola, Republica Democrática do Congo, Brasil, Índia, Filipinas, Portugal, Moçambique e Timor.
A irmã Mary Jane Wilson faleceu a 18 de outubro de 1916, aos 76 anos de idade.
No contexto do sínodo dos bispos sobre a família, que vai terminar este domingo, D. António Carrilho desejou que a Igreja encontrar “respostas evangélicas para as questões que atualmente mais preocupam e afetam as famílias”.
Segundo o prelado, os pais de Santa Teresa do Menino Jesus – Luís Martin e Zélia Guérin –, foram canonizados no domingo pelo Papa Francisco, demonstraram com as suas vidas que o “amor conjugal é um caminho de santidade percorrido na simplicidade da vida familiar quotidiana”.
No Dia das Missões, a Diocese do Funchal festejou também a solenidade do aniversário da Dedicação da sua Sé – 18 de outubro de 1517 – que assinalou 498 anos.
CB/OC