Funchal: Bispo diocesano pediu que este «não seja simplesmente mais um Natal»

D. Nuno Brás presidiu à primeira «Missa do Parto» deste ano na Nazaré

Funchal, Madeira, 16 dez 2022 (Ecclesia) – O bispo do Funchal pediu que este “não seja simplesmente mais um Natal” e que cada um pense nos seus “frutos”, na primeira ‘Missa do Parto’ que presidiu, na madrugada desta quinta-feira, na Paróquia da Nazaré.

“Deixemos conduzir pela Virgem do Parto, que em nós germine a Palavra de Deus e que este Natal não seja simplesmente mais um Natal, mas que seja aquele Natal em que, percebendo Deus próximo da vida de cada um de nós, possamos verdadeiramente dar frutos e frutos que permanecem”, disse D. Nuno Brás, citado pelo ‘Jornal da Madeira’.

Na igreja da Paróquia da Nazaré, da capital madeirense, que celebrava o 20.º aniversário da sua dedicação, o bispo do Funchal afirmou que nesta caminhada “em direção ao Natal do Senhor” está a interrogação que a palavra de Deus colocou na celebração da ‘Missa do Parto’, pedindo que “seja tomada a sério”.

“Que o Senhor nos ajude a viver com Ele e a não anularmos o desígnio que Ele tem para cada um de nós, Ele nos ajude a dar frutos com aquilo que fazemos e que somos e frutos permanentes”, acrescentou.

Se olharmos apenas para as realidades humanas, o rasto que deixamos neste mundo logo desaparece; havemos de trabalhar, havemos de construir, mas havemos de o fazer com Deus, porque é isso que dá frutos é isso que permanece, porque a Deus ninguém consegue derrubar”.

O ‘Jornal da Madeira’, da Diocese do Funchal, informa que esta primeira Eucaristia da novena da preparação para o Natal, habitualmente ao final da madrugada, teve diversas intenções mas foi dedicada às Forças Armadas e de Segurança e respetivas famílias.

O padre Marco Augusto, capelão das Forças Armadas e de Segurança, agradeceu a presença dos militares, à Paróquia da Nazaré, “que sempre tem acolhido os militares para esta Missa e ao senhor bispo por presidir à celebração”.

“É bonito celebrarmos as ‘Missas do Parto’, é bonito começarmos desta forma logo de madrugada, mas é preciso que este espírito que aqui celebramos e esta festa que aqui vivemos se possa, verdadeiramente na família e na mesa de cada um de nós, seja militar ou não, viver o espírito do Natal e que este não seja mais um que passa”, acrescentou o sacerdote no final da Eucaristia.

Depois da celebração, como é habitual nestas Eucaristias, os participantes reuniram-se em convívio no exterior da igreja, com cacau quente, a canja e a carne de vinho e alhos, entre outras especialidades.

As ‘Missas do Parto’ são um momento exclusivo para cantar versos populares, em honra da Virgem Maria e do Menino Jesus, alguns dos quais remontam aos primeiros povoadores do arquipélago.

Outro fenómeno que alimenta a tradição é a mesma estrutura da novena, com a invocação ao Espírito Santo, o canto da Ladainha, o retrato da Senhora e a Missa; os cânticos permanecem os mesmos de pelo menos há um século, feitos em verso.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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