D. António Carrilho iniciou Jubileu da Misericórdia
Funchal, Madeira, 14 dez 2015 (Ecclesia) – O bispo do Funchal presidiu este domingo à abertura da Porta Santa da catedral madeirense e explicou que abrir as portas é deixar “Deus entrar e iluminar a mente”, no início do Jubileu da Misericórdia.
“Todo o Jubileu aponta para um maior compromisso da Igreja em viver num dinamismo de saída, em constante missão, empenhando-se na importante e necessária tarefa de ir ao encontro de todos, levando-lhes a bondade e a ternura de Deus”, explicou D. António Carrilho.
Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, o bispo do Funchal frisou que abrir a Porta Santa é cada um olhar com misericórdia o mundo em que vive, constrói e sonha.
“Libertar o nosso coração e as estruturas da Igreja e da sociedade, de tudo o que seja egoísmo e maldade”, alertou.
D. António Carrilho destacou que o lema deste ano – ‘Sede misericordiosos como o Pai é misericordioso’ – abre “um tempo novo” um ano da graça para “contemplar” este mistério que “é fonte de alegria, serenidade e paz”.
Segundo o prelado, a Igreja diocesana do Funchal “exulta de alegria” pela abertura da Porta Santa da catedral a marcar o início do Ano Santo da Misericórdia (dezembro2015-novembro2016), convocado pelo Papa Francisco para toda a Igreja.
“Caminhámos em peregrinação, com cânticos de súplica e de alegria, atravessámos a Porta da Misericórdia, fizemos memória do nosso batismo, que é a porta da nossa entrada na Igreja, e celebramos a Eucaristia em louvor e ação de graças pelo mistério do imenso amor de Deus pela Humanidade”, desenvolveu, recordando a importância de peregrinar durante este Ano extraordinário.
“Será assim, em primeiro lugar, uma verdadeira peregrinação interior para o conhecimento pessoal de cada um”, acrescentou D. António Carrilho que incentivou nesta caminhada a celebrar o Sacramento da Reconciliação.
“Esta peregrinação interior é uma caminhada de conversão e renovação espiritual, de descoberta da alegria do perdão e do amor de Deus, sempre pronto a perdoar. Só uma Igreja reconciliada é uma Igreja reconciliadora”, sublinhou.
Neste contexto, o bispo do Funchal destacou a importância das obras de misericórdia porque neste Ano Santo “não basta apenas refletir, rezar ou celebrar”.
“O Jubileu tem de conduzir à ação, a descobrir e saborear a alegria da caridade, a entender que uma vida feita entrega e serviço não é uma vida perdida, mas uma vida ganha, uma vida com sentido”, observou.
O prelado recordou ainda que hoje, por toda a Madeira e Porto Santo, começam as celebrações das ‘Missas do Parto’, novena que antecede o Natal.
“Que Maria nos acompanhe neste itinerário, nesta bela tradição e oportunidade de prepararmos os corações para receber Jesus Menino, saboreando e testemunhando cada um a alegria de ser cristão”, concluiu D. António Carrilho.
CB/OC