D. António Carrilho ordenou diácono
Funchal, Madeira, 19 dez 2016 (Ecclesia) – O bispo do Funchal afirmou que a Igreja tem de levar a alegria de Natal às pessoas que vivem momentos de dificuldade, promovendo respostas solidárias e de fé.
“Compete-lhe [à Igreja] colocar Cristo no centro do mundo, deste mundo concreto em que vivemos, com as suas múltiplas e extraordinárias possibilidades técnicas e científicas”, disse D. António Carrilho, na celebração da Missa em que ordenou um diácono, este domingo.
Para o bispo do Funchal no contexto atual de “dificuldades e carências básicas, de preocupações e sofrimento” para muitas pessoas, celebrar o Advento e o Natal “obriga a Igreja” a “intensificar” uma ação de proximidade fraterna.
“É bom ver o povo cristão a preparar o Natal através dos sacramentos e das Missas do Parto”, acrescentou, observando que “o melhor presépio está no coração”.
Na homilia enviada hoje à Agência ECCLESIA, o prelado assinalou que o mundo tem “limitações e perplexidades”, nomeadamente, quanto “ao sentido da vida humana e a certos valores do humanismo cristão”.
Na celebração de ordenação de um novo diácono para a diocese, D. António Carrilho explicou que a sua missão na Igreja é “ajudar o bispo e o seu presbitério no serviço da Palavra, do altar e da caridade.
Pertencer à ordem dos diáconos significa assumir “novas responsabilidades, tanto em comportamentos de vida cristã pessoal como em compromissos de evangelização”, explicou.
“Anunciar o Evangelho é apresentar a própria pessoa de Cristo, como Alguém que aponta e abre caminhos de resposta às grandes aspirações e inquietações do coração humano, como Alguém que pode saciar a nossa fome e sede de felicidade", disse o prelado na mensagem ao diácono Carlos Ismael Faria Almada.
Na Sé do Funchal, D. António Carilho dirigiu-se também aos jovens e pediu que “não tenham medo” de optar por uma vida consagrada na Igreja ou na vida religiosa.
“Abri os vossos corações e deixai-vos tocar pelo «sim» da jovem de Nazaré, Maria Mãe de Jesus. E hoje, também, pelo sim deste jovem diácono. Estai atentos e sede generosos na resposta”, destacou.
O gabinete de informação da Diocese do Funchal destaca que na celebração deste domingo na Sé também estiveram presentes os bispos eméritos do Funchal e de Évora, respetivamente, D. Teodoro de Faria e D. Maurílio de Gouveia, naturais do arquipélago.
O novo diácono tem 24 anos, frequenta atualmente o sexto ano do Seminário Maior de Cristo-Rei, nos Olivais, em Lisboa, e é natural da Paróquia de Campanário, no Concelho da Ribeira Brava.
Carlos Faria Almada está também a concluir o mestrado integrado em Teologia pela Universidade Católica Portuguesa e antes da ordenação disse que o novo passo representa a sua vontade em colocar-se à disposição da Igreja Católica e em ser “realmente sinal de Cristo-servo no meio do mundo”.
“Uma vez interpelado por Jesus e, por intermédio de muitos que se cruzaram comigo, experimentei que a minha vida seria mais vida, quando gasta no que realmente interessa”, explicou o jovem madeirense.
CB/OC