Funchal: 500 anos da diocese vão ser assinalados com escultura

Projeto conjuga cruz e caravela em representação da «fé e devoção» do povo madeirense

Funchal, Madeira, 18 ago 2014 (Ecclesia) – O encerramento dos 500 anos da Diocese do Funchal, na Madeira, que terá lugar dia 8 de dezembro, vai ser marcado pela inauguração de uma escultura alusiva ao aniversário, no centro da cidade.

Citado pela página diocesana na internet, o bispo madeirense, D. António Carrilho, adianta que o monumento consistirá numa “grande cruz cravada no solo”, complementado com a representação de uma “embarcação orientada para sul”.

O prelado falou sobre esta matéria durante a homilia da celebração da solenidade de Assunção de Maria, no Funchal, que coincidiu com os festejos em honra de Nossa Senhora do Monte, a “mais antiga e amada festa mariana” do território.

Através da construção da estátua, proposta “por alguns emigrantes” como forma de se “associarem às comemorações dos 500 anos da diocese”, a Igreja Católica local quer “fazer memória " da "fé e devoção" do povo madeirense, destacar a "ação dos missionários que acompanharam o povoamento da ilha e daqueles que partiram depois” a anunciar a “Boa Nova de Jesus Cristo”.

Aproveitando o aproximar da quadra natalícia, o objetivo é que a cruz e a caravela sejam erguidas com a ajuda de todos os emigrantes que nessa altura regressam ao arquipélago e com quem a comunidade local constitui “uma grande família cristã”, salienta D. António Carrilho.

Antes dessa iniciativa, a Diocese do Funchal vai promover um congresso internacional intitulado “Diocese do Funchal – A Primeira Diocese Global”, entre 17 a 20 de setembro.

Em destaque no Museu de Arte Sacra do Funchal está já a exposição “Madeira: do Atlântico, até aos confins da Terra”, patente até ao fim do mês de Outubro.

D. António Carrilho destaca a necessidade das “comemorações jubilares” ajudarem a “avivar a memória dos valores e tradições” madeirenses e na criação de “novos projetos, novas formas de compromisso da Igreja com as pessoas e a sociedade, no campo da fé e da cultura, da ação social e educativa”.

Ao longo da eucaristia, o bispo do Funchal destacou ainda a importância de festejar Nossa Senhora do Monte num ano em que a Diocese cumpre meio século de existência.

Porque trata-se de uma devoção que se confunde com “os primórdios do povoamento da ilha” e com a formação das primeiras comunidades cristãs.

Encontrada no final do século XV perto da igreja de Nossa Senhora do Monte, na freguesia com o mesmo nome, “a pequenina imagem” de Maria tem sido “ao longo dos séculos” fonte de consolação e refúgio para inúmeros peregrinos, em busca de “ajuda nas suas dificuldades e aflições”, recordou D. António Carrilho.

“Ao redor da Mãe” congregam-se “pessoas de todo o arquipélago da Madeira e das comunidades emigrantes, que neste dia vêm cumprir as suas promessas e agradecer a Deus as graças recebidas na sua vida pessoal, profissional e familiar, por intercessão de Nossa Senhora”, concluiu.

JCP

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Agência ECCLESIA

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