Fraternidade Sacerdotal São Pio X em crise

Vários sacerdotes podem pedir a sua entrada na Igreja Católica Uma grave crise agita a Fraternidade sacerdotal São Pio X, separada de Roma, mas a Santa Sé não quer fazer comentários oficiais nem propor nenhum tipo de ajuda legal por causa da ausência de laços jurídicos entre si. Segundo a agência católica Apic, meios próximos deste dossiê afirmam que é possível que vários padres da fraternidade dirigida por Bernard Falley venham a pedir a sua entrada na Igreja Católica. A fraternidade São Pio X expulsou vários sacerdotes franceses que manifestaram o seu descontentamento em relação à situação dos seminários da fraternidade. Os padres agora expulsos não têm uma instância superior a que recorrer e a sua situação encontra-se bloqueada, pelo que muitos começam a virar-se para o Vaticano. Da Santa Sé, as opiniões são de que seria legítimo que os padres “vagos” – sem missão canónica nem incardinação – fossem integrados na unidade da Igreja. Um exemplo da aproximação aconteceu recentemente no Brasil, onde a fraternidade São João Maria Vianney aceitou a autoridade de Roma. O bispo Bernard Fellay, líder do cisma produzido pelo falecido arcebispo Marcel Lefebvre, tem atacado os esforços ecuménicos da Igreja e considera o diálogo com a Santa Sé “estagnado”. Fellay e os outros bispos foram excomungados a 2 de Julho de 1988, por terem sido ordenados “ilegitimamente” no seio da Fraternidade, por parte do arcebispo Lefebvre. A carta apostólica “Ecclesia Dei”, de João Paulo II, constatou que esta ordenação de bispos (a 30 de Junho de 1988) constituiu “um acto cismático”. Fellay é conhecido por recusar o Vaticano II, especialmente as mudanças litúrgicas, e qualquer iniciativa ecuménica.

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