Francisco: Um pastor que «não tinha receio de gerar polémicas», disse D. Antonino Dias

Papa foi uma “voz diferente, muita vezes contundente, nem sempre meiga no contexto de um mundo que tende a globalizar a indiferença”

Fotos: Agência ECCLESIA

Portalegre, 21 abr 2025 (Ecclesia) – O bispo de Portalegre-Castelo Branco, D. Antonino Dias, considera que o Papa Francisco, falecido na manhã desta segunda-feira, era uma “voz diferente, muita vezes contundente, nem sempre meiga no contexto de um mundo que tende a globalizar a indiferença e a esquecer os pobres, os refugiados, os migrantes, os marginalizados”.

“Manifestamente humilde e dialogante, não tinha receio de gerar polémicas, mesmo dentro da Igreja Católica que sempre precisa de purificação”, escreveu o bispo de Portalegre-Castelo Branco na sua página da rede social Facebook.

No seu texto, D. Antonino Dias escreveu que o Papa Francisco tinha “uma palavra de estímulo e de afeto, tantas vezes com fortes apelos à mudança de rumo, sobretudo quando falava da conversão, da necessidade da paz, da corrupção, do respeito pela vida, pelos direitos e dignidade das pessoas, pela criação”.

A sua empatia evangélica tinha aquela “força capaz de se fazer ouvir e transformar o coração”.

“Viveu a tempo o seu próprio tempo, mesmo que nem sempre tenha sido ouvido, compreendido e seguido”, acrescentou o bispo de Portalegre-Castelo Branco.

O Papa faleceu hoje, na Casa de Santa Marta, onde se encontrava em convalescença desde 23 de março, após um internamento de 38 dias no Hospital Gemelli, devido a problemas respiratórios.

O anúncio foi feito pelo cardeal camerlengo, D. Kevin Farrell: “Queridos irmãos e irmãs, é com profunda dor que devo anunciar a morte do nosso Santo Padre Francisco. Às 07h35 desta manhã, o Bispo de Roma Francisco regressou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da sua Igreja”.

LFS

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