Francisco: Responsáveis políticos e religiosos deixam mensagens de condolências

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 21 abr 2025 (Ecclesia) – Responsáveis políticos e religiosos de vários países manifestaram hoje o seu pesar pela morte do Papa Francisco, falecido aos 88 anos de idade, no Vaticano.

António Guterres, secretário-geral da ONU, publicou uma nota em que recorda o pontífice como “um mensageiro de esperança, humildade e humanidade”.

“O Papa Francisco foi uma voz transcendente em prol da paz, da dignidade humana e da justiça social. As minhas mais sinceras condolências aos católicos e a todos os que, em todo o mundo, se inspiraram na sua vida e no seu exemplo extraordinários”, escreve o responsável português. Já a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, referiu que Francisco “inspirou milhões de pessoas, muito além da Igreja Católica, com a sua humildade e o seu puro amor pelos menos afortunados”.

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, manifestou “grande tristeza pessoal” pela notícia da morte de Francisco, assinalando “o grave vazio que se cria com a perda do ponto de referência”.

“O seu ensinamento recordou a mensagem evangélica, a solidariedade entre as pessoas, o dever de proximidade com os mais frágeis, a cooperação internacional, a paz na humanidade”, acrescentou.

Já a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, disse ter tido “o privilégio de desfrutar da sua amizade, dos seus conselhos e dos seus ensinamentos, que nunca falharam, mesmo em momentos de provação e sofrimento”.

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, elogiou o “profundo legado” deixado pelo Papa, aludindo ao seu “compromisso com a paz, a justiça social e os mais vulneráveis”.

O presidente dos EUA, Donald J. Trump ordenou que as bandeiras colocadas a meia haste, “como sinal de respeito pela memória de Sua Santidade o Papa Francisco”.

Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, escreve que Francisco “sabia dar esperança, aliviar o sofrimento através da oração e promover a unidade”.

“Rezou pela paz na Ucrânia e pelos ucranianos. Choramos junto aos católicos e a todos os cristãos que buscaram apoio espiritual no Papa Francisco”, diz a mensagem.

Já o presidente russo, Vladimir Putin, dirigiu uma nota de pesar ao Vaticano, referindo que o Papa era uma “pessoa excecional”, um “grande defensor da justiça e da humanidade” que “promoveu o diálogo entre a Igreja Católica de Roma e a Ortodoxa russa”.

O Rei Carlos III de Inglaterra também prestou homenagem ao Papa, recordando a sua “compaixão” e compromisso ecuménico.

Emmanuel Macron, presidente da França, refere por sua vez que “de Buenos Aires a Roma, Papa Francisco queria que a Igreja levasse alegria e esperança aos mais pobres entre os pobres”.

“Francisco será lembrado pelo seu incansável compromisso com os membros mais frágeis da sociedade, da justiça e da reconciliação. A humildade e a fé na misericórdia de Deus eram os seus princípios orientadores”, escreveu o primeiro-ministro alemão, Friedrich Merz.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, enviou condolências às comunidades cristãs na Terra Santa pela morte de um “homem de profunda fé e paixão sem limites”, que “dedicou a sua vida a consolar os pobres e a clamar pela paz num mundo atormentado”.

O presidente da Argentina, Javier Milei, assinalou nas redes sociais que “apesar das diferenças, que hoje parecem mínimas”, poder encontrar o Papa “na sua gentileza e sabedoria” foi “uma verdadeira honra”, decretando sete dias de luto nacional

“A República da Argentina, país de longa tradição católica e terra do Papa Francisco, lamenta profundamente a partida de Sua Santidade e envia as suas condolências à família Bergoglio. O presidente da nação acompanha neste triste momento todos aqueles que professam a fé católica e que encontraram no Sumo Pontífice um líder espiritual”, assinala o comunicado oficial do governo.

O presidente da Índia, Narendra Modi, destacou o compromisso do Papa “por um desenvolvimento inclusivo e abrangente” e o seu afeto pelo povo indiano.

O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou que o país está de luto, recordando Francisco como um “homem ímpar”, em declarações aos jornalistas.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reagiu em comunicado, unindo-se “em orações e preces ao povo de Deus em todo o mundo pelo falecimento de Sua Santidade, o Papa Francisco, peregrino da esperança, pastor humilde e corajoso, testemunha incansável da misericórdia de Deus, que conduziu a Igreja com sabedoria evangélica, compaixão e espírito missionário”.

O arcebispo de Díli, cardeal Virgílio do Carmo da Silva, afirmou que todos os timorenses sentem a morte de Francisco, lembrando a visita do Papa a Timor-Leste, em setembro de 2024 como um momento “comovente, especial, histórico”.

“Cada timorense sente esta perda, mas temos de ter coragem para continuar a rezar pelo Papa”, afirmou o cardeal timorense, durante uma conferência à imprensa, citada pela agência Lusa.

O responsável católico disse que “o Papa está no coração de cada timorense”.

O Centro Internacional de Diálogo – KAICIID “junta-se à comunidade internacional no luto pelo falecimento de Sua Santidade o Papa Francisco – uma figura global extraordinária cuja dedicação inabalável à paz, ao diálogo inter-religioso e à fraternidade humana moldou profundamente o panorama moral e espiritual”, refere uma nota enviada à Agência ECCLESIA.

OC

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