Francisco: Quase 50 mil pessoas passaram junto ao corpo do Papa, prolongando abertura da Basílica até ao fim da madrugada

Homenagem prossegue hoje, com fluxo ininterrupto de pessoas em São Pedro

Cidade do Vaticano, 24 abr 2025 (Ecclesia) – O Vaticano informou hoje que cerca de 50 mil pessoas passaram junto ao corpo do Papa Francisco, em São Pedro, 13 mil entre a meia-noite e as 05h30 locais.

O afluxo obrigou a Santa Sé a prolongar o horário previsto para a homenagem em mais de cinco horas, tendo as portas da Basílica do Vaticano reaberto as portas, como previsto, às 07h00 (menos uma em Lisboa) de hoje.

O corpo vai estar em câmara ardente na Basílica de São Pedro até às 19h00 de sexta-feira, realizando-se, uma hora depois, o rito do encerramento do féretro, de forma reservada.

A trasladação desde a capela da Casa de Santa Marta, onde o pontífice faleceu esta segunda-feira, aos 88 anos de idade, decorreu esta quarta-feira, sob a presidência do cardeal camerlengo, D. Kevin Farrell.

A procissão até São Pedro, através do Arco dos Sinos – que no Domingo de Páscoa viu Francisco passar em papamóvel, na última aparição pública dos mais de 12 anos de pontificado – contou com a presença de cerca de 80 cardeais e patriarcas, bispos, padres, religiosas e leigos.

Após as homenagens dos cardeais e da chamada família pontifícia, dezenas de milhares de fiéis têm acorrido ao Vaticano, para o adeus ao Papa.

O corpo de Francisco está vestido com paramentos vermelhos, a mitra na cabeça e, entre os dedos, o rosário de contas negras que trazia sempre no bolso, juntamente com uma pequena imagem de Santa Teresa do Menino Jesus.

O funeral do Papa Francisco vai ser celebrado este sábado, pelas 10h00 (menos uma em Lisboa), na Praça de São Pedro, decorrendo a sepultura na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma.

Este é o primeiro funeral de um pontífice em exercício desde a morte de São João Paulo II, em abril de 2005; Bento XVI foi sepultado no Vaticano em janeiro de 2023, quase dez anos após a sua renúncia ao pontificado.

A Missa tem presidência do cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício, segundo previsto no ritual das exéquias pontifícias, ‘Ordo Exsequiarum Romani Pontificis’ (82-109), naquele que é considerado o primeiro dia do “novendiali”, período de luto que se prolonga durante nove dias.

As Missas de sufrágio vão decorrer entre os dias 26 de abril e 4 de maio, com a presença de “diferentes grupos eclesiais, refletindo a universalidade da Igreja e os diversos vínculos do Sumo Pontífice com esses setores”, indica o Vaticano.

No domingo, a celebração decorre às 10h30 locais, na Praça de São Pedro, sob a presidência do cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Papa Francisco.

Entre 28 de abril e 4 de maio, as Missas celebram-se na Basílica de São Pedro, pelas 17h00 de Roma, presididas por um cardeal.

A terceira congregação geral dos cardeais presentes em Roma inicia-se hoje, pelas 09h00.

Portugal está representado no Colégio cardinalício por D. Manuel Clemente, patriarca emérito de Lisboa; D. António Marto, bispo emérito de Leiria-Fátima; D. José Tolentino Mendonça, prefeito do Dicastário para a Cultura e a Educação; D. Américo Aguiar, bispo de Setúbal, todos criados pelo Papa Francisco e eleitores no próximo Conclave; e por D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor emérito, e D. José Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos, ambos com mais de 80 anos.

D. António Marto chega hoje a Roma, onde já se encontram os outros cardeais portugueses.

OC

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