Cerca de 250 mil pessoas assistiram ao funeral, segundo dados das autoridades locais, citadas pelo Vaticano

Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano
Cidade do Vaticano, 26 abr 2025 (Ecclesia) – Uma família do norte de Portugal, Pedro, do Porto, e Helena e Lídia, da Póvoa de Varzim, estiveram na Missa das exéquias do Papa Francisco, no Vaticano, para onde tinham viagem marcada para participarem no Ano Santo.
“Nós vinhamos à canonização do Carlo Acutis, já tínhamos a viagem reservada e não íamos desmarcar, obviamente, quando soubemos do falecimento, infelizmente, do Papa, quisemos vir com todo o gosto e é uma honra plena estamos cá hoje”, disse Pedro, em declarações à Agência ECCLESIA, este sábado, após a Missa na Praça de São Pedro.
A “Missa exequial pelo Romano Pontífice Francisco” realizou-se na manhã deste dia 26 de abril, concelebrada pelos cardeais e patriarcas das Igrejas Orientais Católicas; entre os participantes estão muitos jovens e adolescentes, que celebram até domingo o Jubileu dos Adolescentes, no Ano Santo convocado pelo Papa.
“Nós não vínhamos para o funeral do Papa Francisco, e não é por acaso que as coisas acontecem. Eu senti uma adrenalina interior, é muita emoção”, referiu Lídia, da Póvoa de Varzim, sobre algo que “não estava previsto”.
Já Helena, também da Póvoa de Varzim, acrescenta participar nesta celebração “é uma vivência que nem sequer tem explicação”, porque “só mesmo estando, é único”.
O Papa Francisco faleceu na segunda-feira, aos 88 anos de idade, após mais de 12 anos de pontificado, na sequência de um AVC, quando se encontrava em convalescença na Casa de Santa Marta, no Vaticano.
Pedro espera que “o legado” que este Papa deixou, agora, “tenha continuidade” e não se dê um passo atrás.
“Deixa uma marca muito importante, é um legado de uma mudança completa. É o virar de uma página, traz uma lufada de ar fresco para nós, nomeadamente mais jovens, que nos faz mais acreditar e estar presentes”, desenvolveu.
Helena destacou “a simplicidade” de Francisco, e Lídia acrescenta que “era uma pessoa simples, boa, santa, amiga de todos, todos, todos”.
“Tento reger a minha vida através das palavras dele, a simplicidade. Eu acho que é o que nos falta hoje em dia, aos jovens, principalmente. Falo pela minha faixa etária, se nos regermos pelas coisas mais simples, se calhar conseguimos fazer coisas diferentes”, desenvolveu a jovem entrevistada da Póvoa de Varzim.
A “Missa exequial pelo Romano Pontífice Francisco” foi presidida pelo decano do Colégio Cardinalício, cardeal Giovanni Battista Re, que evocou o legado do pontificado e homenageou o Papa que estava «no meio do povo» e abriu a Igreja a todos.
Segundo dados das autoridades locais, citadas pelo Vaticano, “cerca de 250 mil pessoas assistiram ao funeral”; após a celebração, o caixão regressou ao interior da Basílica de São Pedro, e foi transportado pelas ruas de Roma, em carro aberto, para a Basílica de Santa Maria Maior, onde o Francisco escolheu ser sepultado.
OC/CB