Rito de encerramento do caixão decorre esta noite, de forma reservada
Cidade do Vaticano, 25 abr 2025 (Ecclesia) – O Vaticano informou hoje que cerca de 250 mil pessoas foram à Basílica de São Pedro para se despedir do Papa Francisco, desde quarta-feira.
As portas foram fechadas ao final desta tarde, depois de filas constantes que aumenraram esta manhã com a chegada de milhares de participantes para o Jubileu dos Adolescentes, com programa próprio, entre esta sexta-feira e domingo.
Todos os peregrinos e visitantes entraram pela Porta Santa do Jubileu, o Ano Santo convocado por Francisco e dedicado à esperança.
A Basílica foi fechada para permitir o rito de encerramento do caixão do Papa Francisco, que vai decorrer hoje, de forma reservada, pelas 20h00 (menos uma em Lisboa)
A cerimónia vai ser presidida pelo cardeal camerlengo, D. Kevin Farrelli, na Basílica de São Pedro, após o fim da homenagem pública dos peregrinos ao Papa, falecido esta segunda-feira aos 88 anos de idade.
O rito prevê a presença dos cardeais Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício; Roger Michael Mahony, em representação da ordem dos presbíteros; Dominique Mamberti, protodiácono; e Mauro Gambetti, arcipreste da Basílica Papal de São Pedro.
A notificação oficial anuncia ainda a participação dos cardeais Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano; Baldassare Reina, vigário-geral para a Diocese de Roma; Konrad Krajewski, esmoler pontifício; e dos arcebispos Edgar Peña Parra, substituto da Secretaria de Estado; Ilson de Jesus Montanari, vice-camerlengo da Santa Igreja Romana; bem como de monsenhor Leonardo Sapienza, regente da Casa Pontifícia, dos cónegos do Capítulo Vaticano, os penitenciários menores ordinários do Vaticano, os secretários do Papa e outras pessoas admitidas pelo mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, D. Diego Ravelli.
Este é o momento em que é colocado no caixão do ‘rogito’, elegia em latim sobre os principais atos da vida do falecido Papa.
O mestre das Celebrações Litúrgicas lê o texto e, em seguida, estende o véu de seda branca sobre o rosto de Francisco, que é aspergido com água benta.
Junto ao corpo do pontífice é colocado um saco com as moedas e medalhas cunhadas durante o pontificado, os pálios (insígnia litúrgica que é símbolo de autoridade nas arquidioceses metropolitas, como a de Buenos Aires e de Roma, servidas por Jorge Mario Bergoglio) e o tubo com o ‘rogito’, depois de selado com o selo do Departamento das Celebrações Litúrgicas.
Uma tampa é colocada sobre o caixão de zinco, com a cruz, o brasão, a placa com o nome ‘Franciscus’, a duração da sua vida (1936-2025) e do seu ministério petrino (2013-2025).
O caixão de zinco é soldado e são impressos os selos do cardeal Camerlengo da Santa Igreja Romana, da Prefeitura da Casa Pontifícia, do Departamento para as Celebrações Litúrgicas e do Capítulo Vaticano.
O caixão de madeira também é fechado, tendo na sua tampa a cruz e o escudo de armas do Papa.
Francisco pediu uma simplificação dos ritos, que levou à eliminação do recurso aos tradicionais três caixões – de cipreste, chumbo e carvalho.
O funeral vai ser celebrado às 10h00 de sábado, na Praça de São Pedro.
OC
Notícia atualizada às 18h19